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UFPI realiza projeto de extensão sobre Saúde Sexual na Escola

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

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Projeto de Extensão Saúde Sexual na Escola

Estudantes da Escola Lysandro Tito de Oliveira, localizado no bairro Parque Dagmar Mazza, participaram na manhã dessa quinta-feira, 14, de uma articulação permanente entre educação e saúde. A professora Ms. Verônica Mendes Soares, do Departamento Materno Infantil, bolsistas do curso de Medicina da UFPI e agentes da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro desenvolveram atividades de extensão sobre saúde sexual nas escolas, contribuindo para uma universidade mais próxima, atenta e a serviço da sociedade, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos adolescentes que integram a educação básica. 

O Projeto de Extensão Saúde Sexual na Escola é uma parceria entre a Universidade Federal do Piauí e a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Parque Dagmar Mazza, ligada à Fundação Municipal de Saúde (FMS). Ele tem como objetivo complementar um acompanhamento dos alunos da educação básica da Escola Lysandro Tito de Oliveira, que já existe através do programa Saúde na Escola, implantado em 2014 pela FMS e trata de questões alimentares, vacinação, acompanhamento dentário, higiene, entre outros. Por meio do Departamento Materno Infantil (UFPI/CCS), a UFPI agora passa a prestar auxílio na abordagem de temas relacionados à Saúde Sexual com palestras ministradas por alunos bolsistas do curso de Medicina da Universidade.

As palestras são apresentadas para turmas do nono ano do ensino básico, que segundo Pedro Rodrigues Pereira, estudante do sétimo período de Medicina, agem como replicadores desse conhecimento. “O tema de Saúde Sexual no âmbito escolar tem um papel ainda mais expressivo porque aqui é onde estão as mentes que vão poder levar informação não somente para si mesmas mas para casa, para a vizinhança. Então a escola é o nosso ponto de partida para transmitir conhecimento”, declara.

No nono ano do ensino fundamental, a média de idade entre os alunos é de 14 anos, quando já são considerados adolescentes para o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90) (ECA), período importante para introdução do tema de Saúde Sexual de maneira acessível. Pablo Samarony, também aluno de Medicina da UFPI, explica que o tipo de linguagem usada é importante para a transmissão da mensagem. “Nós tentamos falar algo bem coloquial, ainda somos jovens também, entendemos um pouco o que eles estão passando, então usamos linguagem coloquial, que vai entrar na cabeça deles, não aquela coisa chata de aula porque vai todo mundo ficar disperso e não vai servir de nada”, esclarece.

FOTO120190215125554Pablo Samarony, aluno de Medicina da UFPI e bolsista do projeto, durante palestra

As famílias do Bairro Parque Dagmar Mazza, zona sul da capital teresinense, são consideradas de alta vulnerabilidade social e tem sua renda baseada no serviço de catar lixo no aterro sanitário localizado no bairro, razão pela qual a coordenadora do projeto, Profa. Verônica Mendes Soares, médica especializada em Ginecologia e Obstetrícia, acredita ser importante o acompanhamento dessa comunidade. “O que nós queremos é levar um nível de conhecimento a esses jovens, para que eles saibam se proteger das drogas, das doenças infecciosas, das DSTs, da gravidez na adolescência. Nosso objetivo é trazer esse conteúdo para que eles assimilem e saibam se proteger. Esse aqui é um bairro que merece toda a nossa atenção. Estamos concentrando nosso maior foco no Dagmar Mazza porque é um bairro muito vulnerável”, declara.

Para a diretora da Unidade Escolar Lysandro Tito de Oliveira, Ravena Ramalhaes, a assistência prestada pela Universidade é de grande valor. “Dentistas já vieram aqui aplicar flúor. Quando não é possível fazer isso aqui, por causa da ausência de um laboratório odontológico, a gente leva para Universidade Federal, eles mandam um ônibus, fazem o encaminhamento. Até óculos as crianças já receberam pela Universidade, então a gente precisa manter essa parceria firme porque muitas vezes os pais não tem condição de levar ao médico e nem conseguem bancar médicos particulares e medicação também seria mais complicado. Por isso mantemos sempre essa parceria porque a gente sabe que para as famílias é muito importante. É uma ajuda muito grande", aponta.

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Equipe do Projeto Saúde Sexual na Escola

Segundo a agente comunitária da região, Francisca Pereira dos Santos Silva, “aqui tem muita criança carente que a mãe não tem um plano de saúde, não tem acesso a nada. O postinho aqui é precário mas a gente faz o que pode. Quando vem um projeto como esse, eles agarram com unhas e dentes porque sabem da importância”, explica.

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