Discentes do curso de Pedagogia realizam Seminário de Práticas Psicomotoras
Você tem dificuldades no trânsito para identificar rapidamente quando precisa entrar à direita ou à esquerda? Por vezes você colide seu corpo com o mobiliário do ambiente, apresentando frequentemente “machas roxas”? Num ônibus em movimento, quando não há lugar para sentar, você perde o controle do equilíbrio para manter-se em pé?
Respostas afirmativas a estas questões podem indicar que você não desenvolveu bem alguns aspectos psicomotores, como lateralidade, organização espaço-temporal e equilíbrio. Estes foram os temas do Seminário de Práticas Psicomotoras, no qual os discentes do curso de Pedagogia propuseram ações lúdicas e diferenciadas para o desenvolvimento destes relevantes componentes da motricidade humana. Nas primeiras fases do desenvolvimento humano, em especial na infância, temos as melhores condições de desenvolvê-los e a escola é o ambiente que muitas vezes oferece essa oportunidade para a maioria das crianças.
Alunos realizaram atividades psicomotoras
A atividade fez parte da disciplina Motricidade e Escola e foi conduzida no Departamento de Educação Física da UFPI pela professora Dionis Machado. A docente ressaltou que mais do que nunca a escola tem tido papel importantíssimo para o desenvolvimento destas competências em crianças. "No passado, era comum meninos e meninas brincarem nas ruas e desenvolverem atividades que exigiam orientação espaço-temporal (pular corda) e que desafiavam o equilíbrio. Atualmente a participação infantil nestas brincadeiras tem sido menor, seja pelo medo da violência, pelo reduzido espaço físico das residências ou mesmo pelos aparatos tecnológicos disponíveis na contemporaneidade", afirmou.
Diversos elementos foram trabalhados na atividade
E se você pensa que a contribuição desses elementos psicomotores resume-se apenas à execução do movimento mais preciso relacionado às exigências desportivas, engana-se. Equilíbrio, orientação espaço-temporal e lateralidade são questões essenciais para a leitura, escrita e até mesmo para realizar operações matemáticas.
A discente Cilene Frazão relatou que durante as práticas propostas no seminário pode perceber dificuldades que apresenta e que mereciam ter sido mais incentivadas ainda na infância. "Nunca é tarde para aprender, mas sem dúvida quando se é criança aprende-se mais facilmente"1. Já a aluna Shirley, que tem filha em idade escolar, afirmou que aproveita os conhecimentos obtidos durantes as aulas para aplicar em sua filha e ressalta que vem apresentado bons resultados.
Exercícos trabalham equilíbrio, orientação espaço-temporal e lateralidade
Mais do que nunca a famosa citação latina “mens sana in corpore sano” (uma mente sã num corpo são) vem ganhando sentido. A atividade física, ou seja, colocar o corpo em movimento com objetivos específicos, melhora também a capacidade cognitiva. Assim, os futuros pedagogos concluíram o seminário reconhecendo a importância de trabalhar o movimento como ferramenta para incremento cognitivo.
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