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Covid-19: Feira do campus de Picos se adequa ao cenário de isolamento e dá continuidade as ações virtualmente

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Última atualização em Segunda, 18 de Mai de 2020, 12h31

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Logomarca da Feira

O projeto de extensão “A feira é livre no espaço universitário: aproximando a agricultura familiar ao ambiente acadêmico, do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (CSHNB)” surgiu a partir da necessidade dos agricultores familiares/camponeses, da macrorregião de Picos, por espaços para comercialização direta de seus produtos. O objetivo principal do projeto é o fortalecimento da agricultura familiar/camponesa, a fim de melhorar a qualidade de vida dessa população, bem como a qualidade alimentar da comunidade acadêmica e dos bairros vizinhos à Instituição de Ensino. A nova roupagem da feira iniciou em 2017, com vendas permanentes dentro do campus durante a manhã de todas as quartas-feiras.

Com o isolamento social exigido como medida de enfrentamento à pandemia da covid-19, o projeto teve que sofrer modificações e passou a ser uma ação de prestação de serviço cadastrada no projeto de extensão “Em busca de extensionistas para o enfrentamento do coronavírus”, cadastrado na PREXC, sob o título “Fique em casa e garanta a feira: alternativas para a comercialização dos produtos da agricultura familiar em tempo de pandemia”, cujo objetivo é proporcionar ferramentas e espaços alternativos para as/os agricultoras/es familiares, que participam do projeto, para comercializar com segurança seus produtos.

Tamaris Gimenez Pinheiro, coordenadora do projeto, explica que as vendas passaram a ocorrer virtualmente com o uso de um site, com cada pedido sendo previamente separado para garantir rapidez e agilidade na entrega, a qual funciona num sistema semelhante ao drive thru. “Nesses dois meses de vendas on-line conseguimos fazer novas parcerias, como com o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e o Instituto Federal do Piauí (IFPI). Nosso catálogo de produtos passou de 25 para 110 itens, fornecidos por mais de 25 agricultores/as para quase 85 famílias consumidoras do município”, aponta a coordenadora.

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Plataforma virtual da Feira

Para o professor do IFPI, Edson Lourenço da Silva, colaborador do projeto, "os números são muito positivos, pois refletem o papel social das instituições de ensino em proporcionar geração de renda aos agricultores, que puderam vender seus produtos num período em que estavam impedidos de comercializa-los; o controle da doença, pois um número representativo de pessoas deixaram de se expor em ambientes públicos para busca e aquisição desses produtos; além da garantia de alimentação saudável”, comenta.

Já o coordenador nacional e estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Afonso Galvão, ressalta que a feirinha é um orgulho porque leva até as pessoas alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, transgênicos e nenhum tipo de conservantes. "Alimentos da própria produção desses agricultores. Para nós, é uma honra muito grande estar participando, ainda mais nesse tempo de pandemia em que as dificuldades são enormes, isso porque como as feiras livres estão suspensas há vários dias, e é o principal espaço que muitos desses agricultores têm para comercializar seus produtos, a feira da universidade abriu uma grande oportunidade para as nossas famílias da base do MPA”, afirma o coordenador do MPA.

A agricultora do município de Santana do Piauí, Joanita Santos Sousa, destaca que a Feira dentro da UFPI representa oportunidade. "É uma possibilidade tanto de conhecimento quanto ampliação de mercado, onde ganhamos em todos os aspectos. À medida que fazemos amigos, ganhamos clientes e comprovamos que o campo pode sim, além de ser um bom lugar para viver, uma excelente fonte de renda que pode transformar a vida de um agricultor”, afirma. Joanita ainda complementa que a nova roupagem da Feira representa algo novo e diferente. "Um espaço onde não imaginávamos que um dia poderíamos usar. Esta ferramenta contribui para a venda de nossos produtos que caíram drasticamente com esta pandemia, momento difícil que estamos vivendo. E neste espaço queremos agradecer os coordenadores deste projeto que muito têm nos ajudado", externa a agricultora.

Para fazer o pedido basta acessar o endereço aqui. Semanalmente o site é liberado para pedidos na segunda-feira e fica aberto até terça-feira às 14 horas. A entrega ocorre na quinta-feira, das 10h30 às 11h30. Para mais informações sobre a Feira, além de outros aspectos relacionados ao projeto, basta seguir o perfil no Instagram.

Projeto reforça a produção de alimentos com bases agroecológicas

Tamaris Gimenez Pinheiro, coordenadora do projeto, compartilha que a experiência da Feira no Campus ocorreu há mais de sete anos e foi interrompida por problemas burocráticos. Ela destaca ainda que com a consolidação do Curso de Licenciatura em Educação do Campo, Ciências da Natureza houve a reaproximação entre a UFPI e o povo camponês. "Agora, além de poder comercializar novamente seus produtos no chão da universidade por meio do projeto de extensão, têm a oportunidade de receber uma formação em ensino superior”, explica a coordenadora.

Na feira se comercializa itens produzidos por meio de técnicas agrícolas ecológica, social e economicamente sustentáveis e justas, cujo princípio norteador é a garantia da soberania alimentar e nutricional com base na agroecologia. Segundo Tamaris, o foco do projeto é a produção de alimentos fundamentada nos conhecimentos de técnicas agrícolas locais. "Isso, com destaque ao trabalho desempenhado pelas mulheres, o baixo impacto ambiental pela não utilização de agrotóxicos e insumos químicos, a oferta de grande diversidade de produtos, o uso da mão de obra familiar, a venda direta e o respeito ao consumidor”, finaliza.

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Produtos ofertados por meio do projeto de extensão

 

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