Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias - Coronavírus > Pesquisadores da UFPI avaliam o impacto do excesso de peso nas complicações clínicas causadas pela COVID-19
Início do conteúdo da página

Pesquisadores da UFPI avaliam o impacto do excesso de peso nas complicações clínicas causadas pela COVID-19

Imprimir
Última atualização em Segunda, 15 de Junho de 2020, 15h11

O grupo de Pesquisa Bioprospecção, Biotecnologia e Inovação de produtos naturais do Campus Senador Helvidio Nunes de Barros (CSHNB), cadastrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil - CNPq, liderado pela Professora Dra. Joilane Alves Pereira Freire,  publicou em junho do corrente ano um artigo científico de revisão sistemática na revista  Research, Society and Developmet. O paper teve o objetivo de avaliar o impacto do excesso de peso nas complicações clínicas causadas pela COVID-19. O grupo de pesquisa é composto por docentes e discentes do Curso de Nutrição do CSHNB (Picos/PI).

dccfdfdf.png

Os pesquisadores observaram com a leitura detalhada de artigos disponíveis na literatura foram que as características fisiopatológicas da obesidade colocam estes pacientes no grupo de risco da atual pandemia em que estamos vivenciando. Até agora, ninguém havia investigado a fundo a relação entre obesidade e Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Sabia-se apenas que boa parte dos diabéticos e hipertensos infectados (grupos já considerados de risco), também é obesa, já que essas condições têm uma forte conexão. Porém, o processo inflamatório gerado pelo excesso de peso seria o grande responsável pelas complicações clínicas causadas pela COVID-19, nesses indivíduos.

De forma que diferentes fatores vão estar relacionados a essa questão, como a gordura abdominal que impede a devida complacência pulmonar no processo respiratório, a presença de diferentes citocinas pró-inflamatórias no organismo, alterações na modulação do sistema imune, propagação viral nos adipócitos, além de diversos outros distúrbios metabólicos associados e as comorbidades. Vale destacar que um percentual superior a 50% de pessoas com excesso de peso apresenta risco de agravamento do quadro da doença, e geralmente necessitam de tratamento em UTI. Apresentando também, maiores índices de mortalidade quando comparados a pessoas saudáveis infectadas.

É bom lembrar que o excesso de peso no Brasil, é um grave problema de saúde pública. Atualmente, 55,7% da população adulta do país está com excesso de peso e 19,8% está obesa, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018. Dados do Vigitel mostram ainda que 7,7% da população adulta apresenta diabetes e 24,7%, hipertensão – doenças que podem estar relacionadas à obesidade. Os pesquisadores que escreveram o artigo afirmam que a obesidade e as doenças crônicas relacionadas à alimentação são desafios globais e o seu controle e prevenção devem ser estimulados sempre, e a universidade deve atuar em ensino, pesquisa e extensão mesmo em tempos de isolamento social com intuito de melhorar a qualidade de vidas das pessoas.

Confira mais detalhes da pesquisa no link:

https://rsd.unifei.edu.br/index.php/rsd/article/view/4791/4189

Fim do conteúdo da página