Roda de Conversa "Museus, Memória e Resistência dos Povos Indígenas no Brasil" acontece na UFPI

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

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Com o objetivo de refletir sobre as experiências de museologia social protagonizadas pelos povos indígenas, acontecerá no dia 18 de outubro, às 14h, no auditório Noé Mendes no Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), a Roda de Conversa "Museus, Memória e Resistência dos Povos Indígenas no Brasil". A atividade faz parte da programação do III Fórum Nacional de Museus Indígenas do Brasil, que será realizado de 19 a 21 de outubro, na Comunidade Indígena Nazaré, povo Tabajara Itamaraty e Tapuia, município de Lagoa de São Francisco – Piauí.

O evento contará com a presença da renomada antropóloga Lux Boelitz Vidal (USP), pesquisadores e indígenas de diversos estados brasileiros, representantes do povo Zapoteco do México e dos Nukak Maku e Carijona da Colômbia.

O III Fórum Nacional de Museus Indígenas do Brasil é o principal encontro de povos indígenas que protagonizam processos museológicos comunitários e participativos em nosso país. Tem o objetivo de proporcionar o intercâmbio entre indígenas, por meio da troca de experiências, conhecimentos e saberes, possibilitando a articulação interinstitucional e a formação em rede.

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 Profa. Dra. Carmen Lúcia Silva Lima e Prof. Dr. Raimundo Nonato Ferreira do Nascimento são uns dos organizadores do evento

A Profa. Dra. Carmen Lúcia Silva Lima (Chefe do Departamento de Ciências Sociais) e o Prof. Dr. Raimundo Nonato Ferreira do Nascimento (Coordenador do Programa de Pós-graduação em Antropologia), com o apoio do Prof. Dr. Carlos Sait (Diretor do CCHL), estão na organização da roda de conversa, juntamente com Alexandre Gomes (Assessor da Rede Indígena de Memória e Museologia Social).  A decisão de realizar esta atividade na UFPI evidencia o desejo de incluir a temática indígena na agenda de trabalho da Universidade.

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Alexandre Gomes, Assessor da Rede Indígena de Memória e Museologia Social

Segundo Carmen Lima “é preciso aceitar o desafio que a história indígena nos apresenta no presente. A academia tem uma dívida histórica com estas coletividades. A atual existência indígena no Piauí exige de nós a produção de novos relatos e a desconstrução das equivocadas crônicas de extermínio e extinção dos povos indígenas em nosso estado”, relata.

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Henrique Manoel do Nascimento, cacique dos Tabajara Itamaraty e Tapuio

Henrique Manoel do Nascimento, cacique dos Tabajara Itamaraty e Tapuio, agradece o apoio da UFPI e destaca que o seu povo está feliz em acolher o evento. Um intenso processo de mobilização e organização foi empreendido pelas famílias da comunidade Nazaré. Sediar o III Fórum no Piauí significa incluir os indígenas piauienses nessa articulação.