Pesquisador traz para Teresina projeto de prevenção ao calazar

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) recebeu nesta segunda-feira (18), o professor Dr. Guilherme Werneck, que veio ministrar aula expositiva relacionada ao projeto de encoleiramento de cães, com o intuito de evitar a proliferação da doença Leishmaniose Visceral Calazar.

A aula expositiva, que ocorre nesta terça-feira (19), tem como objetivo treinar funcionários do Centro de Zoonoses e da Fundação Municipal de Saúde, instituições que são parceiras do projeto juntamente com a UFPI. Na ocasião, cerca de 20 funcionários serão orientados para o uso do sistema de GPS, por meio do qual poderão fazer a marcação dos cães infectados e dos encoleirados, mapeando as áreas da capital e obtendo assim um controle da situação dos animais.

Em entrevista à Rádio Universitária da UFPI, Guilherme Werneck falou do cenário atual da doença no país e o envolvimento de Teresina com o projeto.

De acordo com Werneck, a iniciativa, que visa o encoleiramento dos cães para a prevenção do calazar, nasceu quando se percebeu que as estratégias para a não proliferação da doença não estavam funcionando. O projeto também tem como um de seus principais objetivos comprovar, através de estudos, que o uso de coleiras com inseticidas ajuda no controle da doença. "A ideia é testar em várias cidades e ao final concluir se a coleiras são realmente úteis para controlar o calazar'', diz o professor. Além de Teresina, o projeto é realizado em outros quatro estados.

Ainda segundo o professor Guilherme Werneck, a situação de Teresina dentro do projeto é positiva, pois cerca de 11 mil cães já foram encoleirados. A coordenação local do projeto é feita pela professora Maria do Socorro.

Guilherme Wernerck é mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutor em Saúde Pública e Epidemiologia pela Harvard School of Public Health.