UFPI amplia o número de Pesquisadores Bolsistas em Desenvolvimento Tecnológico junto ao CNPq

Fomento contínuo às iniciativas de produção de tecnologia e inovação, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) conquistou a aprovação de mais duas bolsas na Chamada Nº 08/2022 do Programa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico (DT) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

A Chamada DT tem o propósito de apoiar projetos em diferentes áreas tecnológicas, como na intitulada "Tecnologias Agrárias”, que objetiva estimular “avanços tecnológicos e soluções inovadoras com potencial de adoção por cadeias produtivas, visando reduzir a dependência externa, aumentar a competitividade e promover a liderança do setor Agropecuário brasileiro, de forma produtiva e sustentável, em acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU)”.

Os pesquisadores da UFPI contemplados nesta última chamada fazem parte desses estudos voltados a “Tecnologias Agrárias”.  Foram os professores: Romuere Rodrigues Veloso Silva do Curso de Sistemas de Informação do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (Picos/PI); e Regilda Saraiva dos Reis Moreira Araújo do Departamento de Nutrição do Centro de Ciências da Saúde do Campus Ministro Petrônio Portella (Teresina/PI).

Professor Romuere Silva do Curso de Sistemas de Informação do Campus de Picos

Com o projeto “Predição de Peso em Pequenos Ruminantes utilizando Visão Computacional”, o professor Romuere Silva considera de suma importância a concessão de bolsas de DT para o desenvolvimento tecnológico no estado do Piauí. “Nosso estado tem um enorme potencial de inovação e temos pesquisadores capacitados a desenvolver novas tecnologias. Acredito que a concessão da bolsa abrirá novas portas para a implementação das tecnologias desenvolvidas”, afirmou.

Pró-Reitora de Ensino de Pós-Graduação, Professora Regilda Moreira-Araújo

Tendo como objetivo avaliar as características nutritivas e funcionais do mel proveniente da região do sul do Piauí, e adicionar novos produtos alimentícios ao mercado, a professora Regilda Moreira-Araújo dedica-se também a análise com relação a compostos fenólicos do mel, isto é, as substâncias com efeitos antioxidantes no organismo, essenciais para o combate de enfermidades como doenças cardiovasculares. “O projeto possui grande potencial para a obtenção de alimentos saudáveis e funcionais, propõe-se a criar patentes de produtos tecnológicos e inovadores, como também a criação de startups que impulsionem o desenvolvimento do interior do estado. O estudo pretende contribuir com o conhecimento científico na área de alimentos, efetuar a caracterização de méis e do perfil de compostos fenólicos e ácido ascórbico, a vitamina C”, frisou.

Desta forma, a UFPI amplia para cinco o número de professores que compõem o quadro de pesquisadores DT pelo CNPq. Somando-se, então, os seguintes pesquisadores: Marcelo Barbosa Furtini do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura, com estudos voltados à área de “Tecnologias de Produção Industrial e de Serviços”, aprovado em 2021; e Antônio Oseas de Carvalho Filho do Curso de Sistemas de Informação, contemplado no ano de 2021; e o professor Lívio César Cunha Nunes do Curso de Farmácia, aprovado na chamada do ano de 2020, em que ambos se dedicam a pesquisas na área de “Tecnologias Médicas e da Saúde”.

A UFPI tem fortalecido ações específicas que subsidiam servidores e discentes envolvidos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).  Neste caso, no cenário interno da universidade tem sido destaque: o Programa Bolsa de Produtividade em Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (PQDT – UFPI); e o Programa de Iniciação Tecnológica  (IT-UFPI).

Programa de Produtividade PQDT - UFPI

Segundo a Coordenadora de Pesquisa e Inovação, professora Keylla Urtiga, o incentivo ao Desenvolvimento Tecnológico tem sido objeto de prioridade na UFPI. Nesse sentido, a Universidade movimenta-se com o intuito de apoiar seus pesquisadores em várias frentes. Em 2022, a Resolução CEPEX 281/2022 proporcionou a revisão do programa de produtividade interno de incentivo à pesquisa. “Anteriormente, não havia indução na distribuição de bolsas disposto no edital interno para os pesquisadores que tenham submetido e obtido mérito com nas Chamadas do Programa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico (DT) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Desta forma, a UFPI reservou 08 bolsas para proponentes DT no ano passado por meio do edital nº09/2022-PROPESQI/UFPI”, explicou. 

Publicado pela PROPESQI, o edital de Produtividade PQDT-UFPI disponibiliza recursos por até 1 ano aos docentes que tiveram suas propostas aprovadas por mérito em Chamadas de instituições ou agências de fomento nacionais ou internacionais, mas que, por indisponibilidade de recursos destas agências, não foram contemplados. Mais informações sobre a iniciativa da UFPI, consulte aqui.

Programa de IT-UFPI 

O apoio ao Desenvolvimento Tecnológico não se limita ao Programa de Produtividade, outra iniciativa mantida pela Universidade é o Programa Institucional de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – PIBITI/CNPq/UFPI. A ação atende alunos dos cursos de graduação e contribui com a formação de recursos humanos para a produção acadêmica e para o desenvolvimento de produtos/processos inovadores, possibilitando a integração do estudante à cultura científica e ao mercado. 

Além de receber 24 bolsas PIBITI pelo CNPq, a UFPI realiza um incremento de 54% com recursos próprios, ou seja, disponibiliza 37 bolsas de Iniciação Tecnológica para a comunidade acadêmica. Desta forma, só no ciclo 2022-2023, foi feita a destinação de 61 bolsas para IT-UFPI. Mais informações sobre o programa, confira aqui.

“É uma indução clara promovida pela Universidade para impulsionar o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. Estamos falando da pesquisa aplicada para o desenvolvimento de produtos, em que os mesmos irão atender as necessidades do mercado. Por isso, os nossos professores são incentivados a criarem soluções para possíveis demandas que surgem no comércio”, destacou a Coordenadora de Pesquisa e Inovação, Keylla Urtiga.