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Pesquisa realizada na UFPI estuda diagnóstico mais rápido do câncer de pele

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

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Alexandre Silva, Prof. Dr. Bartolomeu Viana e Prof. Me. Antônio Francisco Machado, pesquisadores do projeto

Uma pesquisa desenvolvida pelo setor de Física da Universidade Federal do Piauí (UFPI), estuda a possibilidade de detectar o câncer de pele em questão de minutos por meio de raios de luz quando já houver algum tumor, sem precisar realizar uma biópsia, onde é retirado um pedacinho da pele do paciente para análise. A pesquisa vai além, ela mostra se há no paciente a predisposição à doença.

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Máquina chamada "Espectrômetro Raman" 

Em um dos laboratórios do Centro de Ciências da Natureza (CCN) encontramos uma máquina de nome estranho, "Espectrômetro Raman". Simplificando, é uma máquina de laser que consegue identificar dentro das nossas células uma espécie de sinal de energia que elas emitem naturalmente. A partir desse sinal, os cientistas poderão identificar em uma pessoa que já tenha o tumor, se esse tumor é maligno ou benigno, além de ser possível identificar em uma pessoa saudável se ela pode desenvolver câncer no futuro.

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Doutorando em Física, Antônio Francisco Machado

O enfermeiro doutorando em Física, Antônio Francisco Machado, realiza uma pesquisa para deixar bem claro quais são essas alterações nos sinais que as células emitem para definir registros de um futuro câncer. Para fazer os exames, Francisco selecionou um grupo de cem pessoas, todos homens e que moram no Piauí. Cinquenta desenvolvem atividades agrícolas, ou seja, pegam muito sol todos os dias. E outros cinquenta trabalham em locais fechados, praticamente não se expõem ao sol. “Com este trabalho, nós pretendemos descobrir quais são as alterações bioquímicas e estruturais da pele causadas pela exposição solar, ou seja, quais são as alterações que essas pessoas que estão expostas ao sol de forma contínua e crônica, sem nenhuma proteção estão desenvolvendo”, explica.

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Mestrando em Física, Alexandre Silva

O mestrando em Física, Alexandre Silva, explica o que os gráficos no monitor do equipamento podem revelar. “Quando ocorre alguma alteração na posição, largura ou na intensidade desses picos, indica que está ocorrendo alguma degradação de algum composto bioquímico. Isso pode ser algum indício de alteração nos constituintes químicos da pele. Pode ser indício de algum tipo de câncer".

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Coordenador do laboratório, Prof. Dr. Bartolomeu Viana

Os resultados ainda são muito complicados para um leigo entender, por isso, esta tecnologia ainda deve demorar para chegar a Medicina. O coordenador do laboratório de física, Bartolomeu Viana, explica que a ideia é justamente “traduzir” esses códigos para que os médicos, no futuro, possam usufruir desse equipamento. “A ideia é essa, fazer um diagnóstico rápido e simples, onde a pessoa vai poder expor a parte do corpo que está sob suspeita de câncer e ser diagnosticada sem precisar ir para a patologia, fazendo esse diagnóstico mais precoce do que é feito atualmente e, consequentemente, reduzindo o número de tratamentos invasivos que fazemos hoje em dia no câncer”, relatou.

O valor estimado do projeto ultrapassa os dois milhões de reais e já despertou interesse de algumas empresas privadas. A pesquisa deve evoluir com a construção do primeiro Parque Tecnológico do Piauí, que abrigará, por exemplo, o Centro de Biofotônica e de Biomateriais, que usa a luz em forma de laser ou leds, como medidora de parâmetros para diagnósticos e tratamentos de doenças, como o câncer, alzheimer, dentre outras.

Confira o projeto do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Biofotônica e Nano-biomateriais a ser construído no primeiro Parque Tecnológico do Piauí clicando aqui.

Confira mais fotos dos laboratórios:

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