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Aluno desenvolve mecanismo que controla gastos em planos de saúde

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Atualmente, o Brasil possui um dos maiores mercados de saúde privada do mundo. Entretanto, verifica-se que muitos procedimentos odontológicos podem estar sendo realizados sem necessidade, gerando custos desnecessários às operadoras de planos de saúde e tornando o serviço oferecido mais caro, impactando no bolso do consumidor.

Pensando nisso, o ex-aluno do Curso de Mestrado em Ciência da Computação da Universidade Federal do Piauí, e atual professor do Campus de Picos, Flávio Araújo, desenvolveu um estudo que permite integrar em um programa de computador um mecanismo para reduzir o desperdício de recursos e procedimentos, minimizando a despesa operacional de planos de saúde. O projeto foi desenvolvido juntamente com a Infoway, empresa piauiense de consultoria para gestão de sistemas em saúde.

Professores da UFPI

A Pesquisa

A pesquisa foi realizada utilizando a Inteligência Artificial (IA) e funciona como um mecanismo de controle utilizado pelas operadoras de planos de saúde para minimizar o desperdício de recursos. Para que o processo de controle de solicitações de uma operadora de planos de saúde seja eficiente é necessário a presença de um profissional regulador trabalhando 24 horas por dia, o que ocasiona um aumento na despesa operacional da prestadora do serviço.

Segundo Flávio Araújo, a regulação é o processo que controla os gastos de um plano, sendo responsável por tomar decisões. Na pesquisa, o sistema criado para responder às solicitações, tais quais os reguladores, obteve um nível de acerto da ordem de 95%. Ele explica o funcionamento desse sistema:

"Após a solicitação de um procedimento por um profissional de saúde ou por um prestador associado (hospital ou clínica), a operadora de plano de saúde verifica se a solicitação está de acordo com padrões existentes e se os protocolos clínicos estabelecidos entre as partes no ato do contrato são legais. Se a análise do profissional regulador for positiva, então o procedimento é autorizado, caso contrário, a operadora questiona o solicitante sobre a procedência da requisição e, eventualmente, não autoriza a execução do procedimento", explica.

O projeto foi desenvolvido sob a orientação dos professores da UFPI André Macedo e Pedro de Alcântara, em parceria com a empresa Infoway. Segundo ele, o trabalho reflete o espírito inovador e futurista das novas mentes piauienses que buscam melhorias e mudanças no Estado por meio da tecnologia e informação. "O objetivo era justamente avaliar se a aplicação de técnicas de Inteligência Artificial poderia ser interessante no contexto da saúde", avaliou o professor Pedro.

O professor Pedro de Alcântara explica que, além dos odontólogos, outros profissionais e setores que possuem pontos de decisões podem ser contemplados com esse tipo de pesquisa. "Seja qual for a gestão, é possível desenvolver sistemas baseados em Inteligência Artifical que apoiem a decisão com um nível de certeza muito alto, assim, como nós, humanos, fazemos", pontuou Alcântara.

Prof. Flávio Araújo, desenvolvedor da pesquisa

Inteligência Artifical

Atualmente, são várias as aplicações na vida real da Inteligência Artificial (IA): jogos, programas de computador, aplicativos de segurança para sistemas informacionais, robótica, entre outros.

No contexto das pesquisas realizadas no âmbito da UFPI, especialmente do mestrado em computação, existem aplicações em IA para descoberta de conhecimento em jogos, análise de imagens médicas, apoio ao desenvolvimento de software e apoio para a tomada de decisões.

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