UFPI e Ministério dos Povos Indígenas fortalecem parceria em defesa dos povos indígenas

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) recebeu, nesta quarta-feira (22), representantes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) para tratar da parceria entre as instituições,  em especial do projeto de pesquisa “Atuação do MPI em Conflitos Fundiários, Territorialidades e Políticas Públicas”.

O referido projeto, executado por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED), teve como objetivo produzir dados para subsidiar a atuação do Ministério dos Povos Indígenas e foi a primeira parceria do MPI com outra instituição. A reunião serviu também para projetar a UFPI como destaque na produção de conhecimento e na defesa dos direitos dos povos indígenas.

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Pró-reitor de Ensino de Pós-Graduação no exercício da Reitoria, Carlos Sait

Na ocasião, o pró-reitor de Ensino de Pós-Graduação no exercício da Reitoria, Carlos Sait, destacou que o encontro é um marco importante no fortalecimento de ações conjuntas em defesa dos povos indígenas, ao reunir instituições e especialistas de diferentes regiões do país em torno de pautas estruturantes como inclusão, permanência e políticas públicas. “É um momento muito importante, porque a causa exige um compromisso permanente da Universidade. A vinda de todo esse grupo, especialmente do Ministério dos Povos Indígenas, demonstra o trabalho que a UFPI já desenvolve nessas áreas, enfrentando desafios que temos debatido dentro da Instituição”, frisou. 

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Secretário-executivo do MPI, Eloy Terena

O secretário-executivo do MPI, Eloy Terena, reiterou que a parceria teve como foco a mediação e resolução de conflitos indígenas, tema sensível que vem recebendo ações concretas do MPI. “O Ministério tem dado várias respostas positivas, resolvendo problemas históricos e estruturais, e essa parceria com a Universidade Federal do Piauí foi fundamental para a gente ter as condições técnicas e recursos humanos para operar nesses processos de resolução de conflito. Então, fizemos questão de vir para demonstrar a importância dessa parceria e que a gente possa continuar construindo outras parcerias”, destacou. 

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Pró-reitora de Ensino de Graduação, Gardênia Pinheiro

Durante o encontro, a pró-reitora de Ensino de Graduação, Gardênia Pinheiro, lembrou que, atualmente, a UFPI oferece cinco turmas de educação escolar indígena por meio do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR EQUIDADE), e a visita do Ministério ocorre em um momento estratégico, no qual a Universidade aprofunda o debate sobre equidade, educação escolar indígena, licenciatura em educação do campo e educação escolar quilombola. “A UFPI possui hoje 112 estudantes indígenas, mas apenas 60 vagas para a bolsa permanência. Isso significa que metade dos nossos estudantes não recebe o benefício. Por isso, solicitamos ao Ministério dos Povos Indígenas que interceda junto ao MEC e à Capes para ampliar o número de bolsas permanência nas universidades”, salientou.

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Coordenadora do projeto na UFPI, professora Carmen Lima

A coordenadora do projeto "Atuação do MPI em Conflitos Fundiários, Territorialidades e Políticas Públicas” na UFPI, professora Carmen Lima, evidenciou a existência do MPI como reflexo da luta histórica dos povos indígenas pelos seus direitos, e celebrou em poder contribuir com o presente e futuro do Ministério. "O Ministério dos Povos Indígenas é uma conquista histórica, decorrente da luta dos povos indígenas no Brasil. Eu acho que a nossa Instituição poder contribuir com o Ministério é motivo de muita alegria e contentamento", declarou.

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Na ocasião, também estiveram presentes o diretor de Gestão de Recursos da PROPLAN, Alexandre Rodrigues; o coordenador de Inclusão, Diversidade, Equidade e Acessibilidade, Fábio Passos; o professor da UFPI, Raimundo Nonato; o coordenador de Seleção e Programas Especiais da PREG, Willian Matsumura; a servidora administradora da UFPI, Evangelina Sousa; as professoras da UFPI, Carmen Lima e Flávia Barbosa; o secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Eloy Terena; o assessor do MPI, João Lucas Moraes Passos; a coordenadora-geral de Formação na Mediação e Conciliação em Conflitos Indígenas do MPI, Marlise Mirta Rosa; a assessora técnica do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas (DEMED), Andressa Lewandowski; além dos pesquisadores Aylla Monteiro de Oliveira (Rio de Janeiro), Carolina Piwowarczyk Reis (São Paulo), Matheus Lira Cardoso e Jucinei Fernandes Alcântara (Mato Grosso do Sul), José Arão Marizê Lopes Guajajara (Maranhão), Ricardo Verdum (Santa Catarina) e Oto Milton Lara (Mato Grosso do Sul).