UFPI celebra Dia do Samba com encontro cultural que valoriza tradição e fortalece vínculos com a comunidade

O evento aconteceu no coreto da Reitoria, na terça-feira (2)

A Universidade Federal do Piauí (UFPI), por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREXC), promoveu, na terça-feira (2), um encontro especial no coreto da Reitoria. O evento reuniu a Velha Guarda do Samba de Teresina e o Grupo Nosso Choro, em uma tarde dedicada à preservação e celebração da cultura popular brasileira. A iniciativa faz parte da política de promoção da cultura da Universidade. 

Reitora Nadir Nogueira

A reitora Nadir Nogueira, mesmo de férias, fez questão de participar do momento festivo e destacou a importância do samba como patrimônio cultural do povo brasileiro. "O samba é resistente, persistente, e faz parte da nossa identidade. A UFPI não poderia deixar de marcar essa data, especialmente agora que criamos uma coordenação dedicada à cultura, para tratar essa pauta com o cuidado que ela merece. Não existe identidade de um povo ou de uma instituição sem arte, sem samba, sem chorinho, sem cultura. Agradeço a presença da velha guarda e da juventude, e digo que esta é apenas a primeira edição de muitas que ainda virão. A música sobrevive, o samba sobrevive e a alegria deve permanecer todos os dias.” A reitora também fez uma breve homenagem ao marido, Francisco Magalhães, lembrando sua relação com o samba e a música.

Pró-reitora da PREXC, Waleska Albuquerque

A pró-reitora de Extensão e Cultura, professora Waleska Albuquerque, destacou que o momento simboliza a reafirmação do compromisso da UFPI com a valorização do samba e das manifestações culturais do Estado. “É para a valorização do samba e da nossa cultura de uma forma geral. A Velha Guarda do Samba há tempos luta por um espaço maior. Com essa implantação da cultura na Universidade, resolvemos trazer a Velha Guarda para perto de nós. Esse é o primeiro passo neste dia especial, que integra outros eventos da Pró-Reitoria. Em breve teremos a acolhida cultural, em março e abril. É um conjunto de ações que a PREXC vem desenvolvendo”, destaca.

Presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Jamil Said

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Jamil Said, avaliou o evento como um momento de esperança e reconstrução. “É excelente, porque isso resgata a nossa cultura do Carnaval, do boi, da dança, da literatura. A Universidade sendo um ponto de apoio é perfeito. Foram 11 anos sem carnaval, e lutamos muito por esse retorno que nunca chegou. Muitos integrantes foram se afastando, mas seguimos batalhando. No dia que aparecer uma ponta de esperança, vamos lutar por ela”, avalia.

Sambista Nilton Garcia

Entre os representantes da Velha Guarda do Samba de Teresina, o sambista Nilton Garcia, reconhecido pelo Conselho Estadual de Cultura como patrimônio vivo do samba piauiense, celebrou a iniciativa. “Pra mim foi uma surpresa. O que nos trouxe aqui foi o Francisco Magalhães, falecido marido da reitora Nadir Nogueira. Ele era da nossa velha guarda. Nosso samba está no Brasil inteiro, e faltava este momento aqui na UFPI. Hoje isso está se realizando”, celebra.

Integrante do Grupo Nosso Choro, Kaio Marques

O evento também contou com a participação do Grupo Nosso Choro, formado por jovens músicos teresinenses dedicados ao choro. O integrante Kaio Marques celebrou a oportunidade de tocar na universidade. “Começamos no Instituto Federal e decidimos seguir para o profissional, porque era algo que todos gostavam. É minha primeira apresentação na UFPI, estou muito feliz e vamos dar o nosso melhor ao público”, disse.

Carla Souza

Para Carla Souza, amante do carnaval, sua relação com a festa começou ainda na infância, quando cresceu entre as avenidas Marechal Castelo Branco e Frei Serafim, onde respirava o movimento das escolas Aziriguidum e Esquindô. “Desde criança eu participo, acompanhando barraqueiros, costureiras e toda a movimentação do desfile”, conta. Sobre o evento na UFPI, ela afirma que vê na iniciativa uma oportunidade de fortalecer a cultura na cidade. “Eu vejo um potencial artístico muito grande. Teresina precisa do sambista, do figurinista, dessa movimentação que dá referência para a juventude. Samba é amizade, é cultura e também geração de emprego e renda, direta ou indireta”, completa.

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