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UFPI E BIBLIOTECAS

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Última atualização em Quinta, 11 de Março de 2021, 22h34

TARJA AZUL

Universidade Federal do Piauí, nossa eterna UFPI, deixa a infância e a adolescência
para trás e alcança seus 50 anos de existência, pautados por altos e baixos, por êxitos
retumbantes e/ou eventuais fracassos. Desde sempre, o Sistema de Bibliotecas,
girando, à época, em torno da Biblioteca Central (BC), hoje, Biblioteca Comunitária
Jornalista Carlos Castello Branco, acompanhou, e, sobretudo, concorreu para a
evolução da UFPI. No dia 12 de março, quando se comemora em território nacional o
DIA DO BIBLIOTECÁRIO, saúdo todos os meus colegas de profissão,
independentemente de onde atuem, e, ao mesmo tempo, mais uma vez, agradeço
meus anos de existência nos recantos da UFPI.

Com uma equipe primorosa sob minha liderança, ingressei na UFPI mediante
concurso público, exatamente, em 12 de setembro de 1972. Éramos um pouco mais
de 50 formiguinhas, ocupando diferentes postos. Levei para a UFPI e para a BC
sonhos dourados que fulgiam como estrelas sorridentes. Mesmo muito jovem, nossa
equipe sempre compreendeu a missão das universidades como instrumentos
essenciais ao desenvolvimento do Brasil e, em especial, do Piauí e, por conseguinte,
lutamos, sempre, em clima de paz e harmonia perfeita para impor a BC como
essencial ao caminhar da UFPI, transformando o sistema de bibliotecas em local de
dados e informações transmutadas em conhecimentos, haja vista que o bibliotecário
é, em sua essência, AGENTE SOCIAL. Era o momento – e este momento se perpetua
– de abrir caminhos e propagar a função social de uma profissão, confundida, muitas
vezes, com a armazenagem de livros em estantes ou de “bruxas/bruxos”
encarregados de impor aos “pobres” leitores regras rígidas e pouco atrativas.

Lembro como se fora hoje, do susto de alguns, quando retirei as placas de silêncio da
recém-instalada Biblioteca; consegui máquinas para os universitários redigirem seus
textos e “proibi a proibição” de que descansassem sobre as mesas após o almoço!
Afinal, era o ano de 1972! Incorporei a BC à minha vida com força total. Participei
intensamente da instalação da UFPI. Esta se transformou numa paixão, que perdura
até os dias de hoje, independentemente dos desenganos, aliás, que sempre fazem
parte dos grandes amores. Torno-me docente. Consigo bolsas de estudo em agências
brasileiras e estrangeiras de financiamento. Aperfeiçoamento. Especialização.
Mestrado. Doutorado. Pós-doutorado.

Sou teresinense de coração. Sou piauiense por opção. Minha contribuição pode ser
considerada ínfima. Minha contribuição pode ser considerada razoável. Minha
contribuição pode ser considerada valiosa por todos aqueles que consideram a
educação um bem maior. Na realidade, nossa trajetória é pautada por uma luta quase
insana em busca de melhor qualidade de ensino. É uma vida inteira dedicada à
Biblioteconomia e a áreas afins, ao ensino, à pesquisa e à extensão. Sem
arrependimentos.

O fato é que a história da UFPI se confunde com minha própria vida, embora a sinta,
cada vez mais, distante e alheia ao meu caminhar. Não importa. É natural. É o
esperado com a sucessão de dias e anos. Mesmo assim, apego-me aos dias límpidos
e repletos de luz que ali vivi e às recordações intensas e imensas vividas junto à
equipe da BC e, posteriormente, aos amigos da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-
Graduação e aos companheiros do Departamento de Comunicação.

Parabéns aos bibliotecários cúmplices dos leitores!
Parabéns à UFPI pelas oportunidades que me favoreceu e
a tantos outros que passaram por suas salas, como
discentes ou docentes!

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