O Campus Ministro Reis Velloso tem dado saltos na sua produção científica. Este mês, foram liberados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq recursos que somam R$ 20 mil reais destinados ao projeto do Núcleo de Pesquisa do Baixo Parnaíba aprovado no Edital Universal MCT/CNPq 15/2007. O Edital Universal se destina a apoiar atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, através do financiamento de projetos em todas as áreas do conhecimento. O projeto aprovado no CMRV, coordenado pelo Prof. Dr. José Roberto Leite, concentra-se na área de Biotecnologia. Seu foco destina-se especialmente ao estudo de anfíbios da região do Delta do Parnaíba para a descoberta de substâncias químicas isoladas a serem utilizadas em novos medicamentos no tratamento de doenças tropicais infecciosas, com ênfase na Leishmaniose.
O projeto, na verdade, já vinha sendo desenvolvido anteriormente pelo professor José Roberto em parceria com a UnB e Embrapa. Nesta primeira etapa, o estudo envolvia anfíbios localizados na fauna de outras regiões brasileiras. No âmbito da UFPI, desde 2006, em parceria com o LAPETRO (localizado no Campus Petrônio Portella, em Teresina) a pesquisa voltou-se para a biodiversidade do Delta do Parnaíba. A aprovação no Edital Universal confirma a importância e o bom encaminhamento da pesquisa, que agora contará com o investimento do CNPq para aprimorar o Laboratório de Bioquímica do Campus Ministro Reis Velloso.
O bom resultado da produção científica na Universidade busca sempre aplicar estes novos conhecimentos para soluções que tem um importante impacto para a sociedade. A partir de estudos como este, por exemplo, espera-se encontrar soluções para doenças que atingem em grande parte a camada mais desfavorecida da população, como a leishmaniose, da doença do sono, da malária, e da doença de Chagas.
Além do professor José Roberto, outros sete docentes da UFPI participarão da pesquisa. Juntando-se ao grupo, estarão envolvidos 3 bolsistas de Iniciação Científica, sendo dois remunerados pelo CNPq e um pela UFPI. Também em parceria para a realização do projeto estão envolvidos profissionais da Universidade de Brasília – UnB e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília). A duração da pesquisa financiada pelo CNPq é prevista para os próximos 12 meses.