Promovendo diálogos entre saberes e práticas docentes, Polo de Currais realiza XIX SIMPARFOR e II INTERPARFOR
O Polo de Currais – Sede realizou no sábado, 18 de outubro, a XIX edição do Seminário Interdisciplinar do PARFOR/UFPI (XIX INTERPARFOR) e o II Seminário Intercultural do PARFOR Equidade/UFPI (II INTERPARFOR). O evento reuniu as turmas de Geografia e Pedagogia Intercultural Indígena, e teve como tema “Diálogos Interculturais na educação: entrelaçando saberes sobre ancestralidade, diversidade e inclusão”. Mesa de abertura do evento A programação englobou a exposição de pôsteres e sessões de comunicação oral, com foco na discussão dos resultados de pesquisas e das experiências interdisciplinares e interculturais desenvolvidas ao longo do semestre letivo 2025.1. Seminário ocorreu na U. E. Hélio Figueiredo da Fonseca Dando as boas-vindas a todos, o Coordenador do Polo de Currais, Prof. Cícero Barros, mencionou que o SIMPARFOR e o INTERPARFOR já são uma marca registrada do Programa. “É sempre uma satisfação imensa receber todos vocês em nosso Polo. É visível o desenvolvimento dos nossos cursistas a cada semestre, tanto na qualidade dos trabalhos como na desenvoltura nas apresentações, e isso já está sendo refletido na prática docente deles”, afirmou. Coordenador do Polo de Currais, Prof. Cícero Barros, e Coordenadora Institucional do PARFOR/UFPI, Profa. Glória Ferro Em sua fala, a Coordenadora Institucional do PARFOR/UFPI, Profa. Glória Ferro, ressaltou que a qualidade necessária da formação superior passa pelo ensino, pesquisa e extensão. “Fico muito feliz quando vejo o professor da educação básica investindo em sua formação, pois isso irá reverberar na sua prática docente. Além disso, o PARFOR, na sua origem, já é um Programa que possui um grande alcance social. E o PARFOR Equidade, essa ação especial do Programa, veio para ampliar ainda mais esse alcance, pois além de formar professores para atuarem com comunidades surdas, indígenas, quilombolas e com o público-alvo da educação especial, oportuniza o ingresso na educação superior de pessoas oriundas desses grupos historicamente marginalizados em nossa sociedade”. Profa. Glória Ferro destacou importância do evento Segundo a Coordenadora Adjunta do PARFOR Equidade/UFPI, Profa. Lucineide Morais, somente um governo sensível poderia pensar em um Programa que visa atender a reivindicações de segmentos da população, cujas histórias são marcadas pela marginalização e preconceitos. “É uma política pública que está levando em consideração uma reivindicação histórica dessas populações. E nós buscamos executar essa política da forma mais séria e comprometida possível. Nossa intenção não é sobrepor conhecimento científico sobre os saberes originários tradicionais, mas fazer o compartilhamento, a troca de saberes, pois todos possuem o seu valor”. Profa. Lucineide Morais durante II INTERPARFOR realizado no Polo de São João do Piauí Para a Pró-Reitora de Ensino de Graduação, Profa. Gardênia Pinheiro, é visível o impacto social que o PARFOR/UFPI tem causado na Educação do Piauí. “Por meio do Programa, estamos construindo oportunidades mais igualitárias para a formação de professores. E esse seminário é a prova disso, oportunizando a troca de experiência, aprendizados e inspirações”. Pró-Reitora de Ensino de Graduação, Profa. Gardênia Pinheiro O cursista de Pedagogia Intercultural Indígena, Elias Mangueira Filho, acredita que a segunda edição do evento mostrou para eles o quanto são capazes quando acreditam no que fazem. “Foi realmente emocionante ver o nosso crescimento desde o primeiro INTERPARFOR. A cada edição, dá pra sentir a nossa evolução. Ver o envolvimento de todos, o carinho e a dedicação de cada professor, e o empenho da coordenação, enche a gente de orgulho e gratidão. A qualidade dos trabalhos, a organização e o entusiasmo de cada participante refletem o amor que temos pelo nosso curso e pela nossa formação. É lindo perceber que estamos construindo algo maior, deixando nossa marca, crescendo juntos e aprendendo com cada passo. Que venham muitas outras edições, com ainda mais aprendizado, união e fé no nosso propósito de transformar vidas através da educação”, relatou. Grupo de Elias Filho (primeiro da esquerda para direita) durante apresentação A Profa. Amanda Albuquerque, que ministrou a disciplina de Atividades Curriculares de Extensão (ACE) 5 - Multiculturalismo, diversidade cultural, educação para a valorização do multicultural, na turma de Geografia, avaliou que a partir do que foi apresentado, os cursistas saem como professores da educação básica e como seres humanos mais concretos, diversos e multiculturais. “Gostaria de agradecer mais uma vez à Universidade Federal do Piauí e às autoridades locais por permitirem este momento, que é de extrema riqueza. Sem a educação básica, qualquer outro nível educacional, até o mais elevado, que é o superior e o acadêmico, não existe ou é deficiente. Sintam-se transformadores do futuro”. Professora formadora Amanda Albuquerque Parabenizando os cursistas por todo esforço e dedicação, e agradecendo também aos professores formadores pelo trabalho desenvolvido, a Coordenadora do Curso de Geografia, Profa. Bartira Viana, enfatizou que “os trabalhos apresentados comprovam a evolução dos cursistas, pois refletem todo esse desenvolvimento em termos de conhecimento e de produção científica”, disse. Coordenadora do Curso de Geografia, Profa. Bartira Viana O Coordenador do Curso de Pedagogia Intercultural Indígena, Prof. Raimundo Nonato do Nascimento, reiterou que o evento é o resultado de todo o trabalho que foi desenvolvido ao longo do período letivo. “Então, gostaria só de agradecer a cada um dos professores, a cada um dos alunos, que se empenharam nesse trabalho e dizer para vocês que o semestre passado foi uma coisa, já neste semestre melhoramos bastante, o próximo vai ser um pouquinho mais difícil, mas vai melhorar ainda mais, e assim sucessivamente”. Coordenador do Curso de Pedagogia Intercultural Indígena, Prof. Raimundo Nonato do Nascimento O evento contou com a presença de autoridades locais, como o vice-prefeito municipal, Cledno Castro; a Secretária de Educação, Analicia Alves; além de professores da rede básica de ensino e egressos do Programa. “Nunca é tarde para aprendermos, nunca é tarde para corrermos atrás dos nossos objetivos. A educação de Currais tem alcançado patamares muito importantes e o PARFOR/UFPI é um grande parceiro nesse processo de construção dos saberes. É com muita alegria que estamos aqui reunidos para mais uma edição desse evento tão importante”, pontuou Analicia Alves. Profa. Bartira Viana, Analicia Alves, Cledno Castro e Profa. Glória Ferro Confira a programação completa (XIX SIMPARFOR e II INTERPARFOR), o vídeo e mais fotos do evento:
UFPI promove II Seminário Intercultural do PARFOR Equidade (II INTERPARFOR) dos Polos de Baixa Grande do Ribeiro e Uruçuí
Seguindo com a programação da II edição do Seminário Intercultural do PARFOR Equidade/UFPI (II INTERPARFOR), os Polos de Baixa Grande do Ribeiro e Uruçuí realizaram o evento, em conjunto, na sexta-feira (17), em Uruçuí. Evento reuniu turmas dos Polos de Baixa Grande do Ribeiro e Uruçuí O Seminário reuniu as turmas dos dois Polos, dos cursos de Educação Especial Inclusiva e Pedagogia Intercultural Indígena. Com o tema “Diálogos Interculturais na educação: entrelaçando saberes sobre ancestralidade, diversidade e inclusão”, a programação englobou a exposição de pôsteres e sessões de comunicação oral, com foco na discussão dos resultados de pesquisas e das experiências interdisciplinares e interculturais desenvolvidas ao longo do semestre letivo 2025.1. Mesa de abertura do evento Dando as boas-vindas a todos, a Coordenadora do Polo de Uruçuí, Profa. Rossiana Ribeiro, mencionou a alegria pela realização do evento. “Gostaria de agradecer a presença de todos e dizer que estou muito feliz com este momento. Esses dois cursos, Educação Especial Inclusiva e Pedagogia Intercultural Indígena, vieram pra enaltecer a educação do nosso município. Somos só gratidão”. Coordenadora do Polo de Uruçuí, Profa. Rossiana Ribeiro A Coordenadora do Polo de Baixa Grande do Ribeiro, Profa. Luana Araújo, falou sobre os impactos positivos que o curso de Pedagogia Intercultural Indígena está trazendo para o município. “Nós vemos nos relatos dos alunos a mudança em suas vidas após iniciarem essa formação. Uma de nossas cursistas já foi, inclusive, promovida. Portanto, nós só temos a agradecer e esperamos que mais turmas sejam ofertadas”, afirmou. Coordenadora do Polo de Baixa Grande do Ribeiro, Profa. Luana Araújo Na ocasião, a Coordenadora Institucional do PARFOR/UFPI, Profa. Glória Ferro, ressaltou a emoção pelo encerramento do primeiro ano das atividades dos cursos do PARFOR Equidade e reafirmou o compromisso da UFPI com uma educação de qualidade e comprometida com a equidade social. “É com muita alegria que nós estamos aqui hoje, realizando a segunda edição deste evento que representa a culminância das atividades desenvolvidas ao longo do semestre letivo. Este momento é muito especial para todos nós que fazemos o PARFOR na UFPI; estamos colhendo os primeiros frutos do trabalho dialógico e colaborativo que vem sendo desenvolvido no âmbito do programa. O nosso compromisso é com a oferta de formação inclusiva e diferenciada para todas as pessoas, especialmente, os indígenas e as pessoas com deficiência”, afirmou. Coordenadora Institucional do PARFOR/UFPI, Profa. Glória Ferro Segundo a Coordenadora Adjunta do PARFOR Equidade/UFPI, Profa. Lucineide Morais, somente um governo sensível poderia pensar em um Programa que visa atender a reivindicações de segmentos da população, cujas histórias são marcadas pela marginalização e preconceitos. “É uma política pública que está levando em consideração uma reivindicação histórica dessas populações. E nós buscamos executar essa política da forma mais séria e comprometida possível. Nossa intenção não é sobrepor conhecimento científico sobre os saberes originários tradicionais, mas fazer o compartilhamento, a troca de saberes, pois todos possuem o seu valor”. Profa. Lucineide Morais durante II INTERPARFOR realizado no Polo de São João do Piauí Para a Pró-Reitora de Ensino de Graduação, Profa. Gardênia Pinheiro, é visível o impacto social que o PARFOR/UFPI tem causado na Educação do Piauí. “Por meio do Programa, estamos construindo oportunidades mais igualitárias para a formação de professores. E esse seminário é a prova disso, oportunizando a troca de experiência, aprendizados e inspirações”. Pró-Reitora de Ensino de Graduação, Profa. Gardênia Pinheiro Cláudia Maria Saraiva, cursista de Educação Especial Inclusiva de Uruçuí e Coordenadora da Secretaria Municipal de Educação, reitera que o evento representa um marco significativo na consolidação de políticas educacionais voltadas para a formação de professores comprometidos com a inclusão, a diversidade e a equidade social. “Ao reunir os cursos de Educação Especial Inclusiva e Pedagogia Intercultural Indígena, a iniciativa reafirma o compromisso da universidade pública com uma educação democrática e plural, que reconhece e valoriza as diferentes identidades, culturas e necessidades dos sujeitos educacionais. Nós, alunos das primeiras turmas desses cursos, estamos felizes pelo evento que contribui para o fortalecimento de uma cultura escolar baseada na inclusão e no respeito às diferenças, promovendo a reflexão sobre práticas pedagógicas que garantam o direito de todos à aprendizagem”. Turma de Educação Especial Inclusiva de Uruçuí A cursista Maria José Ribeiro de Carvalho, do curso de Pedagogia Intercultural Indígena, do Polo de Baixa Grande do Ribeiro, avalia que o INTERPARFOR é um evento de extrema importância. “É fundamental para a nossa aprendizagem, pois cada turma fez sua apresentação e obtivemos grandes resultados. Que venha o próximo. Nós estamos muito felizes por estarmos nessa nova jornada”. Turma Pedagogia Intercultural Indígena, do Polo de Baixa Grande do Ribeiro, acompanha apresentações Falando sobre as especificidades do público da educação especial, a Profa. Ana Valéria Fortes, Coordenadora do Curso de Educação Especial Inclusiva, enfatizou a importância de sermos mais inclusivos e capazes de acolher o outro. “Inicialmente, gostaria de parabenizar essa turma que está se formando aqui. Quem é professor já deve ter percebido que é crescente o número de crianças que chegam às escolas e que possuem algum tipo de deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades, como superdotação. Portanto, nós precisamos estar atentos e preparados para acolher e atuar da melhor forma possível. Nesse sentido, nosso curso possui uma relevância imensa”. Profa. Ana Valéria Fortes, Coordenadora do Curso de Educação Especial Inclusiva O Prof. Raimundo Nonato do Nascimento, Coordenador do Curso de Pedagogia Intercultural Indígena, avaliou a evolução dos cursistas em relação à primeira edição do evento. “É visível a maturidade acadêmica que vocês estão adquirindo já neste primeiro ano de atividades do curso e neste segundo INTERPARFOR, Seminário que representa o momento de conclusão do semestre letivo. E isso nos alegra bastante, pois nos mostra que estamos no caminho certo e atingindo nossos objetivos. Desejo que vocês possam evoluir cada vez mais”, disse. Prof. Raimundo Nonato do Nascimento, Coordenador do Curso de Pedagogia Intercultural Indígena O evento contou com a presença de autoridades municipais e lideranças indígenas, como Maria da Conceição Sousa “Dan” (Cacica Akroá-Gamella de Baixa Grande do Ribeiro); Rita Rodrigues (Secretária de Educação de Baixa Grande do Ribeiro e cursista de Educação Especial Inclusiva do Polo de Uruçuí); Suelânia Cunha (Subsecretária de Educação de Uruçuí); Marciana Lopes de Carvalho (Coordenadora Multidisciplinar de Uruçuí); Maria da Conceição Nunes (Diretora da APAE de Uruçuí), dentre outros. “A Universidade está formando nossos alunos e esse curso é fruto de uma luta indígena, para que nós tivéssemos direito de ter acesso ao ensino superior. Queremos agradecer à UFPI pela parceria e por estar nos enxergando. Pedimos aos dois municípios, Baixa Grande do Ribeiro e Uruçuí, que olhem bem para os nossos povos indígenas, pois nós somos os guardiões dessas terras, nós somos a vida de cada um e de cada uma”, destacou a Cacica Dan. Profa. Glória Ferro e Cacica Dan De acordo com a Subsecretária de Educação de Uruçuí, Suelânia Cunha, os cursos do PARFOR Equidade/UFPI estão transformando a realidade da educação do município. “Nós acreditamos que sim, por meio do PARFOR, dos cursos que são oferecidos, principalmente relacionados à inclusão, à equidade, nós iremos transformar cada vez mais a educação. Não só a educação de Uruçuí e Baixa Grande do Ribeiro, mas a educação do mundo, porque cursos como esses, precisam ser ampliados, pois representam uma transformação na vida do profissional, na escola, no município e tudo isso vai refletir diretamente nos nossos estudantes”. Subsecretária de Educação de Uruçuí, Suelânia Cunha Confira a programação completa, o vídeo e mais fotos do evento:
3ª edição do Festival de Batuques de Quilombos do Piauí será realizada nos dia 23 e 24 de outubro Quilombo Salinas no
Nos dias 24 e 25 de outubro de 2025, será realizado no Quilombo Salinas – Campinas do Piauí/PI, o Festival de Batuques de Quilombos do Piauí. Em sua 3ª edição, o evento reafirma a força das tradições afro-piauienses e o protagonismo das comunidades quilombolas do estado. Os batuques quilombolas, compõem o imaginário tradicional de um povo, apresentando as semelhanças e diversidades na forma dessas manifestações da cosmovivência quilombola envolvidas no referido projeto. Segundo os organizadores, essa ação é necessária para a salvaguarda do patrimônio material e imaterial dos Quilombos do Piauí. Realizado pela Associação Quilombola de Salinas, o Festival teve início em 2023 com o tema “Batuques – Vozes Ancestrais”. Em 2024, trouxe “Batuques – Reisados Quilombolas”. Este ano, o Festival celebra a energia e a musicalidade com o tema: “BATUQUES – Eu sou Samba de Cumbuca”. O Grupo de Tradições Culturais Samba de Cumbuca é uma manifestação cultural da Comunidade Quilombola Salinas há mais de 100 (cem) anos. Faz parte do inventário de bens culturais do IPHAN (Instituto do Patrimonio Histórico e Artístico Nacional), em 2011 foi condecorado pelo governo federal com a Medalha da Ordem do Mérito Cultural Brasileiro, em 2021 foi reconhecido pelo Governo do Piauí como Patrimonio Vivo do Estado. Com uma programação rica e diversa, o III Festival de Batuques de Quilombos do Piauí oferece ao público, visitas ao Museu Quilombola Dona Augusta I Museu Quilombola do Piauí, vivências culturais, gastronômicas e artísticas que valorizam o saber ancestral e as expressões da cultura quilombola. Entre os destaques da programação estão: Exibição do documentário “Contando Minha História”; que relata a história do Quilombo Salinas que surgiu no ano de 1837 a 1843 Mostra gastronômica “Cozinha de Quilombo – Dona Cumbuca”; certificada pelo MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) Mesa temática com autoridades nacionais, estaduais e lideranças quilombolas do Piauí; Noites culturais com o Grupo Cultural Samba de Cumbuca de Salinas, grupos afro-culturais e shows musicais; Mesa de Griôs e Roda de Saberes Confluentes; Pesquisas e debates com CONAQ, CECOQ, MINC, IPHAN, MEC, INCRA E INTERPI, Superintendência de Estado da Igualdade Racial, Secretaria de Estado do Turismo e da Cultura, Secretaria de Estado da Educação sobre Batuques do Piauí, Roça de Quilombo, Tradições Culturais, Cosmopercepções de Matrizes Africanas, Educação Escolar Quilombola, salvaguarda e preservação do patrimônio material e imaterial, tombamento de Comunidades Quilombolas e titulação dos territórios tradicionais. Visita guiada ao 1º Museu Quilombola do Piauí – Museu Quilombola Dona Augusta. O Festival encerra com grandes apresentações culturais e shows musicais, celebrando e fortalecendo o compromisso com a memória, identidade e resistência quilombola.
Imersão no Quilombo Estreito marca II INTERPARFOR dos Polos de São João do Piauí e São Raimundo Nonato
Dando continuidade à programação da II edição do Seminário Intercultural do PARFOR Equidade/UFPI (II INTERPARFOR), os Polos de São João do Piauí e São Raimundo Nonato realizaram o evento na sexta-feira (10), na Unidade Escolar Anselmo Rodrigues, localizada no Quilombo Estreito, em São João do Piauí. Evento foi realizado em escola da comunidade quilombola Estreito O Seminário reuniu as turmas de Educação Escolar Quilombola dos dois Polos. Com o tema “Diálogos Interculturais na educação: entrelaçando saberes sobre ancestralidade, diversidade e inclusão”, a programação englobou a exposição de pôsteres e sessões de comunicação oral, com foco na discussão dos resultados de pesquisas e das experiências interdisciplinares e interculturais desenvolvidas ao longo do semestre letivo 2025.1. Programação incluiu exposição de pôsteres e sessões de comunicação oral O Coordenador do Polo de São João do Piauí, Prof. Joedson Cavalcante, deu as boas-vindas a todos e ressaltou a importância do evento e agradeceu o apoio recebido. “Estamos muito felizes em recebê-los para a realização deste evento que é tão importante para a formação dos nossos cursistas. É um momento muito especial para todos nós. Gostaria de agradecer todo o apoio que temos recebido da Coordenação do Programa, da prefeitura municipal e da secretaria de educação de São João do Piauí”. Coordenador do Polo de São João do Piauí, Prof. Joedson Cavalcante A Coordenadora do Polo de São Raimundo Nonato, Profa. Mirlene Ramos, do Quilombo Lagoa da Caraíba, agradeceu a acolhida. “Somos muito gratos por estarmos aqui hoje. Agradeço todo o apoio que temos recebido da Universidade, da prefeitura municipal de Várzea Branca e dos municípios onde possuímos cursistas. Essa parceria é fundamental para o desenvolvimento das atividades do nosso curso”, afirmou. Coordenadora do Polo de São Raimundo Nonato, Profa. Mirlene Ramos Na ocasião, a Coordenadora Institucional do PARFOR/UFPI, Profa. Glória Ferro, ressaltou a emoção pela conclusão do primeiro ano das atividades dos cursos do PARFOR Equidade. “Este momento é muito especial para todos nós que fazemos o PARFOR na UFPI: estamos colhendo os frutos do trabalho dialógico e colaborativo que vem sendo desenvolvido no âmbito do Programa. O nosso compromisso é com a oferta de formação diferenciada para as comunidades quilombolas, ancorada étnica e territorialmente. Por isso, encerrar o semestre letivo com esta imersão aqui no quilombo Estreito, simboliza a valorização da ancestralidade, da história e resistência dos povos quilombolas, e o engajamento na luta pelo enfrentamento do racismo na nossa sociedade”, afirmou. Coordenadora Institucional do PARFOR/UFPI, Profa. Glória Ferro Para a Coordenadora Adjunta do PARFOR Equidade/UFPI, Profa. Lucineide Morais, somente um governo sensível poderia pensar em um Programa que visa atender a reivindicações de segmentos da população, cujas histórias são marcadas pela marginalização e preconceitos. “É uma política pública que está levando em consideração uma reivindicação histórica dessas populações. E nós buscamos executar essa política da forma mais séria e comprometida possível. Nossa intenção não é sobrepor conhecimento científico sobre os saberes originários tradicionais, mas fazer o compartilhamento, a troca de saberes, pois todos possuem o seu valor”. Coordenadora Adjunta do PARFOR Equidade/UFPI, Profa. Lucineide Morais Agradecendo os parceiros do Programa, o Coordenador do Curso de Educação Escolar Quilombola, Prof. Ariosto Moura, enfatizou a importância do regime de colaboração. “A gente não consegue fazer as coisas sozinho. Por isso agradeço a todos que nos ajudam a construir esse curso que há muito tempo era aguardado por nós. O quilombo é a nossa casa, de onde a gente saiu e para onde a gente volta. Mas a universidade também é nossa. Vamos juntos construindo esses dois tempos, esses dois espaços”, disse. Professores Lucineide Morais, Ariosto Moura e Glória Ferro Falando em nome dos cursistas, Chitara Sousa, da comunidade quilombola Saco Cortume e aluna do Polo de São João do Piauí, destacou as especificidades do curso. “Que a gente possa continuar construindo essa vivência e essa cosmovivência de hoje, que a diversidade seja respeitada e inserida nos mais diferentes espaços. O nosso curso é, de fato, diferenciado. Porque é um curso de quilombola e para quilombolas. Então, é um curso para quem quer realmente levar os saberes quilombolas para dentro da sala de aula”. Cursista Chitara Sousa Com o auxílio de Renan Lima, intérprete de Libras, o professor surdo Marcos de Alencar, que atuou como professor formador na turma de São Raimundo Nonato, relatou como foi a experiência. “Pela primeira vez atuei no Programa e foi um momento muito importante para mim e para os cursistas. A formação ocorreu dentro do quilombo. Ensinar os alunos, ver o processo de aprendizado deles e também conhecer um pouco mais sobre a cultura negra, valorizando a questão da resistência e mostrando também a importância da Libras, foi uma troca muito bacana. Estou muito feliz com os resultados alcançados”. Prof. Marcos acompanha apresentação de trabalho O evento contou com a participação de autoridades locais e lideranças quilombolas, como a Coordenadora Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí, Maria Rosalina dos Santos; a Secretária de Educação de São João do Piauí, Eudes Coelho; a agente de governança, Érica Ibiapina; e o presidente da Associação Riacho dos Negros, Joseano Soares. “Muitos ainda estão na fila de espera aguardando uma oportunidade como essa. Que vocês saibam aproveitar esse momento e que abram caminhos para que outros também possam percorrê-los e ter acesso à essa formação, para que futuramente, ensinem os seus nos diversos quilombos do nosso estado. Em nome da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí, agradeço a todos vocês se inscreveram e que estão resistindo até agora”, frisou Maria Rosalina dos Santos. Coordenadora Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí, Maria Rosalina dos Santos A Secretária de Educação de São João do Piauí, Eudes Coelho, reiterou o apoio do município às ações do Programa. “Hoje, nós representamos a educação municipal e valorizamos muito todo esse espaço, que é privilegiado, de muitas discussões, de construção de saber, e é com muita alegria que nós reafirmamos que a educação pública e municipal reconhece toda essa questão da ancestralidade, trabalha e incentiva a diversidade, para que a educação possa ser mais justa e bem mais equitativa”, finalizou. Secretária de Educação de São João do Piauí, Eudes Coelho Confira a programação completa, o vídeo e mais fotos do evento: