Egressa do PARFOR/UFPI lança livro sobre autismo
O lançamento do livro "Educação Musical e Autismo: a arte de ensinar cantando”, de Maria do Céu Carvalho, foi realizado nesta sexta feira (08) em Teresina, na Associação de Amigos dos Autistas do Piauí – AMA/PI. Maria do Céu é egressa do curso de Música do PARFOR/UFPI e profissional da AMA.
A obra não se apresenta como um manual de instruções, mas como o compartilhamento de uma larga experiência de vida, que une a paixão pela educação, pela música e pelas pessoas com o Transtorno do Espectro Autista-TEA.
“Musicalizar crianças especiais é dar acesso e condições para que compreenda o que se passa no plano de expressão e o significado quando ouve ou escuta música. Além do mais, é uma ferramenta utilizada como forma de linguagem”, relata a autora.
O livro foi elaborado com material básico para desenvolvimento de musicalização de alunos com TEA, baseado em vivência em sala de aula com esse público dentro da Associação. De acordo com Maria do céu, a Educação Musical é um trabalho de desenvolvimento global que possibilita à criança usar toda sua capacidade para uma aprendizagem prazerosa de acordo com seu limite e tempo.
“Numa perspectiva lúdica e inclusiva, o livro nos permite uma viagem rumo ao conhecimento, nos desafiando a praticar a arte de ensinar cantando. Suas dicas de brincadeiras, rimas, produção de material e demais atividades, nos mostram que é possível ir além usando a criatividade e a boa vontade. Em nome de todos aqueles que fazem o PARFOR/UFPI, desejamos uma leitura prazerosa desta obra, fazendo com que ela multiplique as iniciativas de inclusão e aproximação entre as pessoas”, afirmou a Coordenadora Geral do Parfor/UFPI Glória Ferro.
Para a professora Maria do Céu, fazer parte do PARFOR foi fundamental; “Foi um incentivo, pois todo trabalho que eu realizava durante o curso do PARFOR era direcionado para o autismo e foi mais importante ainda porque eu trabalho com crianças especiais e a música, ela é muito importante para o desenvolvimento do autista”.
“Em nossas experiências notamos que crianças com TEA, principalmente as mais comprometidas não possuem muita dificuldade em seguir o som, mas possuem um pouco de dificuldade quanto a seguir o professor, pois, geralmente, pegam o instrumento e saem andando a tocá-lo sem prestar atenção nas orientações do professor”, conclui Maria do Céu.