No mês de janeiro, o Grupo de Estudos sobre Abelhas do Semiárido Piauiense (GEASPI), do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, da Universidade Federal do Piauí, em Picos, iniciou o trabalho de descrição dos grãos de pólen que compõem a sua palinoteca, que possui atualmente cerca de 40 espécies identificadas, provenientes de coletas na região semiárida ao longo de dois anos.
Segundo a coordenadora do GEASPI, Profa. Dra. Juliana Bendini, "Este trabalho possibilita a identificação de produtos apícolas por origem botânica, valorizando economicamente estes produtos como oriundos da caatinga".
A aluna do curso de Ciências Biológicas Jossandra do Nascimento explica que com auxílio de um microscópio com câmera acoplada é possível realizar as medições do grão de pólen que são necessárias para sua descrição.
Aluna Jossandra do Nascimento durante trabalho de medição dos grãos de pólen
Outra ação em desenvolvimento é a ilustração científica das plantas e seus respectivos grãos de pólen. A convite do GEASPI, a ilustradora gaúcha Norma Hennemann, que recentemente participou de uma formação no Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (INPA), participou do trabalho nas últimas duas semanas. "A ilustração científica é uma arte muito antiga, mas ainda hoje pouco valorizada apesar de suas potencialidades, inclusive didáticas e para divulgação científica", afirma a ilustradora.
Ilustradora científica convidada pelo GEASPI
Como resultado, foram produzidas três pranchas, cada uma de uma planta de um hábito diferente da caatinga. As ilustrações serão incorporadas ao acervo do GEASPI e ao trabalho de conclusão de curso da aluna Jossandra.
Medições realizadas pela aluna Jossandra do Nascimento
A coordenadora do grupo destaca que a palinoteca possibilita a realização de vários trabalhos, muitos de valor social e econômico.