Laboratório de Anatomia Humana do CSHNB recebe doação de corpo para estudos científico e acadêmico
O Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, da Universidade Federal do Piauí (CSHNB/UFPI), recebeu recentemente a doação de cadáveres para o estudo da anatomia humana. A doação foi feita pelo Departamento de Morfologia do Campus Ministro Petrônio Portela.
O CSHNB já contava com dois cadáveres que são utilizados nas aulas, resultantes de doações à instituição. No Laboratório de Anatomia Humana são realizadas atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. O Campus conta ainda com a Sala de Tanque que é o espaço destinado ao armazenamento de peças e de cadáveres, além da recepção e da fixação em formol e, também, no preparo e manutenção de ossos para as aulas práticas.
Conforme a Técnica de Laboratório / Anatomia e Necropsia, Taciana Rocha dos Santos, tal aquisição para o Campus é de grande importância.
"Os profissionais de saúde vão lidar com seres humanos. Para poder tratar o indivíduo nada melhor do que você antes aprender no indivíduo. Nenhum modelo anatômico se compara ao indivíduo. O cadáver é o recurso didático que mais se aproxima ao objeto de trabalho do profissional de saúde, porque ele é o indivíduo e os modelos anatômicos comerciais são réplicas padrões. O ser humano tem seus padrões, mas também tem suas particularidades. Nenhum cadáver é igual ao outro, nenhuma pessoa é igual a outra. Quanto maior o número de cadáveres na instituição de ensino mais variedades de formas do humano o estudante vai ter contato e isso vai ser importante para prepará-lo para a sua atuação profissional", explica a servidora.
Para Taciana Rocha, o cadáver oferece recursos que são importantes: a consistência dos tecidos corporais, a possibilidade de se fazer incisões, a relação entre os órgãos, a aderência entre as camadas do corpo.
"Numa cirurgia o aluno necessita desse entendimento e num modelo anatômico ele não mostra isso. Trabalha também a humanização, porque o aluno tem contato com esse tipo de material, mas ele é preparado pelo docente e pelo técnico a entender que ali não é só um recurso didático, é um ser humano que viveu, que teve uma história, que tem uma família, que tem memória na vida das pessoas e que muitas vezes está aqui sem ter escolhido vir para cá por ser indigente, mas faz um bem enorme a sociedade, porque forma muitos profissionais de saúde que vão salvar vidas" ressalta a técnica.