UFPI conquista cerca de R$ 2 milhões em projetos aprovados na Chamada Universal do CNPq 2024

Vista aérea de entra do Campus Ministro Petrônio Portella. Foto: Arquivo SCS/UFPI

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) obteve um resultado expressivo no cenário científico nacional com a aprovação de 14 projetos na Chamada Universal CNPq/MCTI/FNDCT nº 44/2024. O resultado preliminar assegura à Instituição o montante de R$ 1.958.988,81, destinado ao fomento da pesquisa e da inovação. Acesse o resultado aqui.

Para o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFPI (PROPESQI), professor Rodrigo Veras, o desempenho alcançado reafirma o compromisso e a qualidade do trabalho desenvolvido pelos docentes. “O Edital Universal é o mais amplo do CNPq, pois abrange todas as áreas do conhecimento. Há alguns anos, os coordenadores de projetos não podem acumular participação em outras propostas, o que torna a concorrência ainda mais desafiadora. Por isso, a Universidade conquistar esse número expressivo de aprovações é um sucesso total e demonstra o quanto nossos pesquisadores estão envolvidos, atuantes e preparados para desenvolver ciência de qualidade”, destaca.

O desempenho coloca a UFPI em posição de destaque ao evidenciar a diversidade de sua produção acadêmica, com iniciativas que vão da saúde às ciências agrárias, passando pela educação, serviço social e linguística. Os impactos esperados vão desde o desenvolvimento de novos tratamentos médicos até o fortalecimento da agropecuária, além da formação de profissionais em diferentes áreas estratégicas.

O coordenador de Infraestrutura da PROPESQI, professor João Marcelo de Castro e Sousa, também ressaltou o caráter coletivo da conquista. Segundo ele, a Universidade tem investido em orientação e no estímulo à integração entre grupos de pesquisa, o que se refletiu no resultado atual. “Esse avanço fortalece a infraestrutura científica e amplia as oportunidades de formação para os estudantes”, avalia.

Entre os projetos contemplados está o da professora Aldeídia Pereira de Oliveira, vice-diretora do CCS e docente do Departamento de Biofísica e Fisiologia. Sua pesquisa investiga o efeito de uma biomolécula (fração do mirtenol) em modelos de trombose e inflamação intestinal, em colaboração com instituições do Brasil e do exterior. “Nosso objetivo é avançar no conhecimento dos mecanismos envolvidos na trombose e nas doenças inflamatórias intestinais, buscando soluções que possam impactar diretamente a saúde da população”, explica a docente.

Na área de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, o professor Ribamar Júnior comemora a aprovação de sua proposta, que busca compreender o impacto das ações extensionistas no desenvolvimento dos letramentos acadêmico-científicos de estudantes de cursos técnicos e superiores, no contexto da curricularização da extensão. “A aprovação no Edital Universal, somada à bolsa de produtividade, representa um reconhecimento importante. É motivo de alegria e também de responsabilidade, especialmente em um ano simbólico, em que o Laboratório de Leitura e Produção Textual (LPT/CNPq) do Colégio Técnico de Floriano completa 15 anos. Essa conquista valoriza não só a minha trajetória, mas o trabalho coletivo desenvolvido pelo laboratório”, frisa.

Já o professor Alexandre Leite, lotado na coordenação do curso de Licenciatura em Educação do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (Picos), lidera um projeto voltado à educação científica no Semiárido. A iniciativa busca identificar as necessidades formativas da população camponesa, com foco na sustentabilidade e no enfrentamento das mudanças climáticas, elaborando materiais, estratégias pedagógicas e diretrizes para políticas públicas educacionais. “Estamos com muitas expectativas porque o projeto tem potencial para internacionalização e formação de novas parcerias, visto que inclui também o estudo de experiências em outros semiáridos da América Latina, como o Grande Chaco Americano e o Corredor Seco. Do ponto de vista ambiental, a educação em práticas sustentáveis e adaptativas contribuirá para a preservação de recursos naturais, como água e solo, e para a redução dos impactos das mudanças climáticas. Já no âmbito social, o projeto busca empoderar as comunidades do campo, fortalecendo sua identidade e promovendo maior participação na gestão ambiental e em práticas sustentáveis”, enfatiza.