Tiveram início neste sábado (27) as provas da modalidade prática da etapa piauiense da Olimpíada Brasileira de Robótica, que ocorrem durante o primeiro ArtTRON, evento que integra Tecnologia, Cultura e Arte, no Campus Ministro Reis Velloso, em Parnaíba. Realizada pelo Laboratório de Neurofísica da UFPI, o Conselho Estadual da OBR/Piauí e o Campus Ministro Reis Velloso, a atividade segue até domingo (28), com palestras sobre tecnologia, atrações culturais e a etapa das tarefas práticas da OBR.
Este ano, 70 equipes, com 4 competidores cada uma, concorrem a três vagas divididas em dois níveis, fundamental e médio/técnico. Dessas equipes, 50 são da cidade de Parnaíba e as demais, de Teresina e de Picos.
A programação deste sábado começou com a palestra “Automatizando a criação de abelhas em colmeias racionais”, com o pesquisador da UESPI, Prof. Dr. Carlos Giovanni Nunes de Carvalho. Ele explicou ao público como a tecnologia foi usada para monitorar a temperatura dentro das colmeias e resguardar a qualidade do mel produzido no Estado, a partir de um experimento realizado na Embrapa Meio Norte, em Teresina.
Durante os meses mais quentes do ano, as elevadas temperaturas e a baixa umidade fazem as abelhas abandorem as colmeias, provocam baixa produtividade do mel e também má formação e morte das crias. “Com o protótipo, criamos uma forma de estudar o comportamento das abelhas dentro do sistema, capacitando o produtor a tomar decisões e não esperar as abelhas irem embora por causa das altas temperaturas”, explicou o pesquisador Carlos Giovanni.
Competições - Ainda pela manhã, começaram as provas da modalidade prática da OBR. Cerca de 12 equipes, formadas por estudantes do Ensino Fundamental, participaram do Nível 1 da disputa.
A prova simula a ocorrência de um resgate em que a vítima está em local de difícil acesso, em um andar superior. O robô tem de superar obstáculos, deixar a pista de percurso, subir uma rampa, resgatar a vítima – representada por uma bolinha – e levá-la a uma area de segurança. Os competidores realizam a prova em duas arenas, e têm três chances para executar cada parte.
A disputa é por pontuação corrida. Somam pontos ultrapassar obstáculos, completar o percurso, e fazer a tarefa em até 5 minutos. O menor tempo gasto na prova é critério de desempate.
O estudante Balduíno Gilmar, do 9° ano, foi o primeiro a completar o percurso entre as equipes do Ensino Fundamental. “Tava difícil num ponto da prova em que meu robô não estava conseguindo encontrar o marcador para fazer a curva dentro do círculo. Mas eu quero ficar, pelo menos, entre os três primeiros colocados”, disse o jovem.
Na parte da tarde, ocorreram as provas práticas do Nível 2, de maior dificuldade, nas quais concorrem apenas estudantes dos ensinos médio e técnico. Com desempenho mais robusto, um número maior de equipes conseguiu completar a prova a tempo.
“Uma coisa importante a se observar é que são duas categoria de robôs: uma com peças já montadas lego, cujos boxes já vêm com uma programação embutida; e os robôs montados com o arduíno, que exigem da criança, de fato, criar seu algoritmo. E como as pistas são montadas antes do início da competição, o circuito é desconhecido. Se o algoritmo não for muito bem feito e o robô bem calibrado, terá dificuldades nos obstáculos.”, explicou o professor Ricardo Baluz, presidente da arbitragem.
As competições seguem neste domingo (28), com a entrega de medalhas aos vencedores.
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