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Livro "Conversando sobre consciência, educação e prevenção à drogadição" foi lançado nesta quinta

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

O livro “Conversando sobre consciência, educação e prevenção à drogadição", do professor Francisco Teixeira Andrade foi lançado nesta quinta-feira (22), no auditório da Odontologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O evento foi apresentado pelo Coordenador do Núcleo de Educação Permanente em Saúde NUEPES/UFPI, Professor, Francisco Meton Marques de Lima.

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Professor, Francisco Meton Marques; Profa. Dra. Lis Marinho, Dr. Marco Perez e o Professor, Francisco Teixeira Andrade

O livro “Conversando sobre Consciência, Educação e Prevenção à Drogadição” é uma edição que mexe com as preocupações de pais, educadores e governantes. Trata-se de um trabalho científico, em que o Médico, Professor da UFPI, Francisco Teixeira Andrade tem se especializado nos estudos sobre tabagismo e alcoolismo, bem como o respectivo tratamento.

Nesse estudo, o Prof. Francisco Teixeira Andrade vai fundo na análise científica das giga milhões de conexões neurológicas que formam o sistema cerebral e as ramificações nervosas. No livro, ele demonstra com dados as afetações que as drogas causam no sistema, ora bloqueando conexões, ora eliminando-as, reduzindo, com isso, a capacidade reflexiva etc.

No Livro, o autor concentra sua atenção nas drogas livres, que são toleradas e até estimuladas, como o tabaco e o álcool. Conclui seu trabalho provando que a droga faz mal. Quanto mais cedo ela entrar no organismo, mais prejuízo causa ao indivíduo.

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Confira na integra a apresentação do livro

Um país se faz com homens e livros, vaticinou Monteiro Lobato. Meditemos sobre essa pequena frase.

País com significado de uma unidade política forte e consistente e não um mero aglomerado humano.

Homens a significar seres humanos bem formados, na ética e no saber, que, no sentido aristotélico da funcionalidade dos conceitos, cumpre com desvelo os seus deveres no grupo social em que vivem, como bom pai de família, bom artífice, bom servidor público, seja qual for o ofício. Para Aristóteles, a coisa só é se cumprir o pape para o qual foi concebida. Quando digo relógio, estou a me referir a um instrumento que marca horas, aquele que não marca mais perdeu essa condição.

E livros significa legar o conhecimento para a posteridade. Se o conhecimento haurido pelo indivíduo não for documentado, vai ser sepultado com o seu detentor.

Com efeito, o homem é um ser cultural. Cada indivíduo é o resultado de um acumulado de várias camadas do conhecimento. O ser humano é o único animal que cresce até o último momento de vida.

Por isso que Eça de Queiroz diz que o homem tem que fazer três coisas na vida: ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Ou seja, garantir a preservação da espécie, manter o equilíbrio ambiental e projetar o conhecimento.

Por sua vez, escrever um livro científico requer muito conhecimento, dedicação e, sobretudo, coragem de pôr a cara a tapa perante a crítica. Tem gente que nunca escreveu um cordel sequer, mas a tudo critica.

E escrever sobre temas polêmicos requer mais audácia.

Pois bem. O Prof. Teixeira cumpriu todas as etapas acima citadas e escreveu e publicou pela Editora da UFPI o livro CONVERSANDO SOBRE CONSCIÊNCIA, EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO À DROGADIÇÃO, tema que mexe com as preocupações de pais, educadores e governantes, porém demais polêmico ante muitas inexplicáveis resistências.

Trata-se de um trabalho científico, em que o Médico, Professor da UFPI (aliás, antes dela) por 45 anos (mas ainda está jovem), predominantemente na Fisiologia, tendo se especializado nos estudos sobre tabagismo e alcoolismo, bem como o respectivo tratamento.

Nesse estudo, o Prof. vai fundo na análise científica das giga milhões de conexões neurológicas que formam o sistema cerebral e as ramificações nervosas. Aqui, ele demonstra com dados as afetações que as drogas causam no sistema, ora bloqueando conexões, ora eliminando-as, reduzindo, com isso, a capacidade reflexiva etc.

Num outro momento da história, diz o Autor, e por motivos diversos, deixou-se de informar à população, com a devida verdade e profundidade científica, que as drogas, lícitas e ilícitas, pertencem, química, biológica, fisiológca, farmacológica e clinicamente falando, a um mesmo grupo das substâncias psicotrópicas causadoras de adição (SPAs). Hoje, menos de 50% da população adulta e juvenil tem consciência desse conhecimento.” p. 52

O uso ou abuso de drogas modifica os níveis da consciência e priva expressivo contingente da população do gozo da plenitude da consciência, consequentemente da liberdade, dignidade, sabedoria, cidadania esclarecida.

E o autor concentra sua atenção nas drogas livres, que são toleradas e até estimuladas, como o tabaco e o álcool. Conclui seu trabalho provando que a droga faz mal. Quanto mais cedo ela entrar no organismo, mais prejuízo causa ao indivíduo.

Por outro lado, trata a dependência como um problema de saúde pública e individual, considerando que o dependente ou viciado precisa de ajuda, para se libertar. Ele não culpa o dependente por ser viciado. Essa criatura perdeu seu domínio próprio, não está no seu livre arbítrio. Com efeito, Nietzsche diz que o livre arbítrio foi inventado para condenar: fulano é assim porque quer, bebe e fuma porque quer... quando, de fato, não se tem livre arbítrio sem liberdade. A criatura é jogada e abandonada no furação de que é mal, sem saber se defender...

 É uma obra do bem, e como tal, condenada a uma circulação restrita e a um reduzido grupo de leitura. Estamos aqui, nessa simplicidade e humildade, apresentando um trabalho de quantos dias e noites insones na sua elaboração. Enquanto isso, o mal triunfa, tem poder e dinheiro para se anunciar. Neste mesmo momento, quantos milhões estarão sendo investidos para promover o álcool e a bebida. Os ícones sociais e as deusas da beleza exibindo corpos e copos.

Registra o livro que as políticas implementadas contra o tabagismo conseguiu reduzir os níveis de consumo. Porém, as políticas contra o consumo de bebidas alcoólicas não conseguiram reduzir os níveis de consumo dessa droga tão nociva à saúde e à convivência social, fonte de violências e acidentes mil. Destarte, trata-se de um segmento econômico poderosíssimo, que impôs até a revogação da norma que proibia a venda de bebida nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014.

Mas não é por isso que se deve desanimar. Cada um fazendo sua parte na construção da sociedade, o bem haverá de triunfar.

Esse livro deve ser levado às escolas, aos centros de tratamento de dependentes de drogas, dentre as quais o álcool, aos centros de educação de jovens. Os professores de todos os graus precisam dessas informações, os religiosos.

O Professor Teixeira deve ser convidado para proferir palestra nos congressos de saúde, de educação, de organizações sociais, nas igrejas. Deve conseguir espaço no rádio, jornal e televisão. Deve ganhar as mídias sociais. Dê asas a essas informações, Professor, levando-as a todos os segmentos sociais de todas as localidade. Converta-o em retórica, ou seja, traduza-o para o nível de compreensão geral, por um lado; por outro, continue adensando a pesquisa, para os círculos acadêmicos mais qualificados.

 Parabéns, Professor Teixeira, pela coragem! Eis o livro!     

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