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I Simpósio Internacional de Saúde da Mulher: Diálogo Deliberativo discute estratégias para redução da mortalidade materna no Piauí

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Última atualização em Sexta, 26 de Julho de 2019, 14h30

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A mortalidade materna é um indicador chave das condições socioeconômicas de um país e da qualidade de vida da população. Na avaliação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 2017, o Piauí apresentou o terceiro pior desempenho do país e o segundo pior desempenho na região Nordeste, com Razão de Mortalidade Materna (RMM) vigilância de 103,6 por 100 mil NV em 2015 e RMM direta de 83,2 por 100 mil Nascidos Vivos.

Diante desta problemática, aconteceu na manhã desta sexta-feira (26), na Univasf, na Cidade de São Raimundo Nonato (PI), como parte da programação do “ I Simpósio Internacional de Saúde da Mulher”, o Diálogo Deliberativo - EVIPNet - “Síntese de Evidências para Políticas de Saúde”, no qual tomadores de decisão, gestores dos diferentes níveis do SUS, trabalhadores da saúde, pesquisadores e representantes da sociedade civil organizada discutiram estratégias para redução da Mortalidade Materna no Estado do Piauí.

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Diálogo Deliberativo - EVIPNet - “Síntese de Evidências para Políticas de Saúde”

“O Diálogo deliberativo faz parte de um projeto aprovado pelo Ministério da Saúde da rede EVIPNet, onde atores importantes de todo o Estado se reúnem para apresentarmos os estudos de melhor qualidade que mostram o caminho para redução da mortalidade materna”, explica a Profa. Dra. Lis Marinho Medeiros, representante do Núcleo de Estudos Pesquisa e Extensão em Educação Permanente para o SUS (Nuepes), Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Mulher (PMPSM) da UFPI.

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Profa. Dra. Lis Marinho Medeiros

Segundo o facilitador do diálogo deliberativo, Dr. Nathan Mendes Souza da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Colaborador do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde na Rede para Políticas Informadas por Evidências (EVIPNet Brasil), a síntese de evidências tem o objetivo de esclarecer e priorizar os problemas nos sistemas de saúde; subsidiar políticas, enfocando seus aspectos positivos, negativos e incertezas; identificar barreiras e facilitadores de implementação, seus benefícios, riscos e custos; e apoiar o monitoramento e avaliação de resultados.

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Dr. Nathan Mendes Souza 

Na oportunidade, foi apresentado o estudo de síntese de evidências de políticas de saúde, com o intuito de sugerir e contribuir com iniciativas para a redução da mortalidade materna.

De acordo com a pesquisa sobre mortalidade materna antes e após a implantação da Rede Cegonha em um estado do Nordeste, no período de 2006 a 2015, às causas obstétricas diretas somam 73,5% das mortalidades maternas, com predominância de eclâmpsia (16,4%); seguido de hemorragias (15,0%), distúrbios hipertensivos (11,3%) e outras causas (30,8%), foram determinantes para os óbitos maternos no estado.  As causas indiretas somam 22,5%.

De acordo com Carmem Verônica Mendes Abdala, BIREME/OPAS/OMS, 68% das mulheres que morreram por causas relacionadas à gravidez, parto e puerpério não completam o ensino médio e 78,2% delas eram pardas ou negras.

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Carmem Verônica Mendes Abdala aponta dados

Ainda segundo Verônica Abdala entre 2012 e 2013, a razão da mortalidade materna  na única maternidade de cuidado terciário do SUS no Piauí foi 164% maior (171,2/100 milNv) que a média calculada para o Brasil em 2011 (64,8/100NV).

Durante a reunião, pesquisadores e representantes da saúde constituíram um espaço de discussão, auxiliaram na formulação de políticas públicas e estabeleceram ações para reduzir os indicadores.

Dentre os fatores que influenciam o avanço da mortalidade materna estão as dificuldades relacionadas ao preenchimento inadequado das fichas de notificação e declaração de morte materna, que favorece o elevado percentual de informações ignoradas.

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Estiveram presentes no diálogo deliberativo, representantes do Núcleo de Estudos Pesquisa e Extensão em Educação Permanente para o SUS (Nuepes), Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Mulher (PMPSM), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Piauí (COSEMS-PI), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), a Deputada Federal Margarete Coelho, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI), movimentos sociais, conselho de saúde, profissionais da saúde.

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