Docentes e discentes do Estágio Curricular I, após a apresentação dos Projetos Terapêuticos Singulares na I Mostra
No dia 29 de novembro de 2019, no Auditório Severo Maria Eulálio, ocorreu a I Mostra de Projetos Terapêuticos Singulares, do Curso de Bacharelado em Enfermagem, do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (Picos).
O evento teve como objetivo socializar e fomentar a discussão a respeito dos Projetos Terapêuticos Singulares elaborados e acompanhados de maneira compartilhada pelos acadêmicos do Estágio Curricular I, professores orientadores e profissionais da Atenção Básica de Picos. O Projeto Terapêutico Singular se apresenta como uma estratégia potente para um cuidado ampliado e integral em saúde, pois reúne um conjunto de propostas e condutas terapêuticas articuladas a partir de uma discussão individual e coletiva, multiprofissional e interdisciplinar, sendo de extrema relevância para o planejamento das ações em saúde, tornando-as resolutivas e capazes de mobilizar todo o contexto biopsicossocial.
Docentes do Estágio Curricular I, Prof. Dr. Fernando Sérgio Pereira de Sousa e Profa. Ma. Mayla Rosa Guimarães, e Profa. Ma. Priscila Martins Mendes, representando a Coordenação do Curso de Enfermagem do CSHNB
Foram apresentados 16 projetos, sendo 15 duplas e 1 trio, os quais foram produtos da atuação de 33 discentes que estagiaram em Unidades Básicas de Saúde de Picos em 2019.2. Os discentes receberam a proposta da Enfermeira e Coordenadora do Estágio Curricular I, Profa. Dra. Lany Leide de Castro Rocha Campelo. Segundo ela, a ideia do evento surgiu da necessidade de aproximar a academia do mundo do trabalho. “Eu e o Prof. Dr. Fernando Sérgio Pereira de Sousa pensamos que, ao elaborar um projeto terapêutico com todas as suas etapas, os graduandos se sentiriam mais vinculados, não só aos usuários da Estratégia Saúde da Família, mas às equipes que constituem a rede de cuidados (ESF, NASF, CRAS, CREAS, CAPS, Hospital), bem como outras instituições como escola e igreja, por exemplo”, relata a Profa. Lany Leide.
Uma das discentes a apresentar o Projeto Terapêutico Singular na I Mostra foi Larissa de Oliveira Braga Caracas. “Ter apresentado o Projeto Terapêutico Singular foi muito bom, porque a gente aprendeu a trabalhar em equipe, a entender a importância de cada profissional de área diferente da nossa. O cuidado com o paciente não acontece sozinho; precisa que tenha um conjunto de profissionais trabalhando em equipe para dar certo. Quando um deles se recusa, o Projeto Terapêutico Singular não consegue ser bem desenvolvido, porque, por mais que a gente tenha conhecimento sobre várias áreas, a gente precisa do conhecimento específico de outras pessoas, como psicólogo, dentista, fisioterapeuta. Apresentar o Projeto em uma mostra foi importante, porque, além de termos aprendido mais, percebemos que conseguimos estudar bem os casos, acompanhar e encaminhar resoluções para as pessoas que atendemos. Também percebemos que ainda existe falha no compartilhamento de trabalho, porque alguns profissionais não se disponibilizaram a ajudar, uns por motivo de saúde, outros porque não entendiam aquilo como da área deles, ou que compreendiam suas funções com atuação limitada. Percebemos que ainda há precariedade na tentativa de desenvolver um trabalho com ações em conjunto. Foi muito enriquecedor para nós, como alunos, podermos apresentar e participar diretamente junto a um caso, atuando como se já fôssemos profissionais, mesmo ainda sendo estudantes”.
Docentes e discentes do Estágio Curricular I, após a apresentação dos Projetos Terapêuticos Singulares na I Mostra
Ao desenvolverem as etapas do Projeto Terapêutico Singular, eles conseguiram se articular com os profissionais da Rede de Atenção à Saúde de Picos e com a comunidade, vivenciando as dificuldades do trabalho em equipe e buscando alternativas para oferecer cuidado integral a quem necessita.
A exposição dos projetos implementados permitiu divulgar para a comunidade acadêmica a devolução da universidade ao serviço de saúde. Os discentes apresentaram o que aprenderam: resoluções dos problemas e/ou propostas de intervenção. Os discentes aprenderam a desenvolver e executar o Projeto Terapêutico Singular com ajuda de toda a equipe da Estratégia de Saúde da Família que os acolheram durante o período letivo, reconhecendo a necessidade de cada caso e quais os profissionais que seriam importantes.