Estudo sobre o impacto da covid-19 no rastreamento do câncer de colo de útero conquista 1º lugar em Jornada Científica do Curso de Medicina da UFPI

O Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Impacto da pandemia de covid-19 no rastreamento citopatológico do câncer de colo de útero no Brasil”, de autoria das concludentes do curso de Medicina da UFPI, Ana Angélica Luz Pereira e Camilla Angélica de França Chaves, com orientação do professor Márcio Dênis Medeiros Mascarenhas, do Departamento de Medicina Comunitária, conquistou o primeiro lugar na I Jornada Científica do Curso de Medicina da UFPI, realizada no Hospital Universitário, no período de 03 a 19 de novembro.

Ana Angélica Luz Pereira e Camilla Angélica de França Chaves 

As autoras realizaram um estudo com dados sobre o número de exames citopatológicos de colo do útero, disponíveis no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), e o número de mulheres residentes segundo projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Compararam o indicador de cobertura dos exames citopatológicos de colo uterino no ano 2020 em relação aos valores do indicador no triênio 2017-2019, desagregados por local de residência e faixa etária.

O resultado das análises comprovou que, em 2020, a taxa de cobertura de exames citopatológicos do colo do útero sofreu uma redução de 45% nas mulheres de até 24 anos, 41% nas de 25 a 64 anos e 51% nas que possuíam 65 anos ou mais de idade em relação à taxa média do triênio prévio à epidemia de covid-19 no Brasil. Em todas as regiões do país, observou-se queda na taxa em março de 2020 e sua ascensão a partir de julho/agosto de 2020.

Concluíram que a pandemia de covid-19 impactou negativamente no rastreamento citopatológico do colo do útero no Brasil, causando importante diminuição na oferta dos exames. O estudo alerta as autoridades sanitárias para a necessária implementação de medidas que intensifiquem a oferta do exame citopatológico do câncer de colo de útero na população de mulheres que tiveram a oportunidade de diagnóstico precoce da doença atrasada pelas restrições impostas pela pandemia de covid-19.