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Última live do “Esquenta Salipi” aborda Tropicália e Torquato Neto

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Última atualização em Quinta, 26 de Mai de 2022, 21h31

 

Captura_de_Tela_241.pngEsquenta Salipi realiza debate sobre Tropicália e Torquato Neto 

Encerrando o ciclo de eventos do “Esquenta Salipi”, foi transmitido na noite desta quinta-feira (26) a última live da programação que comemora o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Na ocasião o tema “Semana de 22, Tropicália e Torquato Neto” foi debatido por Arão Paranaguá de Santana, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Feliciano Bezerra, professor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). A transmissão ocorreu no canal da UFPI TV no Youtube e teve como mediadores o Vice-Reitor, Viriato Campelo, e o Presidente da Fundação Quixote, Kássio Gomes.

Arão Paranaguá deu início ao debate em um ponto de vista voltado ao teatro trazendo a ideia de espetáculo como argumento para a discussão sobre a Tropicália. Em sua fala, Arão menciona a presença do teatro sem um desafio estético a ser superado, mas que firmou um pacto de transição com peças como “O rei da Vela” de Oswald de Andrade e “Macunaíma”, romance de Mário de Andrade.

“Foi uma era em que músicos, pintores, atores e artistas em geral se tornaram performers. O espectador assumia uma função privilegiada na cena e as tecnologias foram empregadas na cena cultural. Já a contribuição do Teatro antropofágico foi inegável para a época, devido a atitude social e estética empreendida pelas suas criações, e a utilização de metáforas que deram sentido aos discursos voltados em cena”, declarou Arão.

Feliciano Bezerra continuou a conversa sobre a Tropicália em uma perspectiva direcionada para a poesia, música e teatro brasileiro nos anos de 1960. Em seu discurso, o professor destacou o III Festival de Música Popular da Tv Record como um marco para a Tropicália devido ao uso da música e seu código sonoro em uma concepção mais audiovisual. “O modo de fazer canção e cultura na tropicália era um modo metalinguístico, trabalhando a problematização da canção a partir da revalorização dos estilos estéticos já existentes”, declarou Feliciano.

O professor ainda citou quatro episódio culturais do ano de 1967 que impulsionaram o tropicalismo, sendo eles o lançamento das obras Tropicália e PanAmérica, a montagem da peça teatral da obra “O rei da Vela” de Oswald de Andrade, e o lançamento do filme Terra em Transe de Glauber Rocha. “Foi nesse ambiente em que a Tropicália explodiu, trazendo acervos e referências principalmente para a música” completa o professor.

Para traçar uma relação entre a Semana de Arte Moderna e o Piauí, Viriato Campelo trouxe para o debate as obras do poeta piauiense Torquato Neto. “Suas produções apresentam uma associação com as obras da Semana de 22, o Brasil moderno e as contradições que as grandes cidades traziam”, apontou o Viriato.

Kássio Gomes aproveitou o momento para delinear algumas reflexões sobre o escritor modernista Mário de Andrade, sendo elencado como uma das personalidades mais importantes para a preparação da Semana de 22. “Mário de Andrade era um artista muito versátil que se torna um exemplo para todos aqueles que projetam eventos como o Salão de Livro do Piauí", afirmou.

Salipi 2022

A última live do Esquenta Salipi se encerra com uma chamada ao público para comparecer na 20° edição do Salão do Livro do Piauí, no qual o centenário da Semana de 22 será debatido de forma mais aprofundada através de mesas-temáticas, atividades e shows culturais.

Celebrando vinte anos de existência, esta será a nona edição do Salão do Livro do Piauí (Salipi) sediada no Espaço Rosa dos Ventos da UFPI. Realizado de 3 a 12 de junho, este ano o evento terá sua primeira edição inteiramente presencial desde o início da pandemia. Mais uma vez, a UFPI reafirma seu compromisso em divulgar a cultura piauiense na realização conjunta com a Fundação Quixote do maior evento cultural e literário do estado.

Para assistir todas as lives do "Esquenta Salipi" acesse o canal UFPI TV.

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