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UFPI participa de homenagem a Chiquinha Gonzaga e Yolanda Oreamuno

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Roxana Ávila (esquerda) e Paula Molinari (direita)

Duas mulheres e suas obras de arte foram o centro de espetáculo realizado entre os dias 08 e 17 de dezembro na cidade de San José - Costa Rica com o apoio cultural da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Coordenadora do curso de Licenciatura em Música da UFPI, sub-chefe do Departamento de Música e Artes Visuais (DMA/UFPI), cantora, instrumentalista e compositora, Prof.ª MSc. Paula Molinari participou, junto à atriz Roxana Ávila, de uma homenagem artística a Chiquinha Gonzaga - a mais expressiva mulher no cenário da música brasileira - e Yolanda Oreamuno - uma importante intelectual costariquenha.

O espetáculo misturou teatro, música, teatro de bonecos e vídeo em uma proposta do casamento artístico entre o Teatro Abya Yala (Costa Rica) e o Latin Theatre International Wolfsohn and Hart Voice Work (Brasil). A produção recebeu o apoio financeiro de montagem do fundo IBERESCENA (Espanha), por meio da participação da coordenadora do curso de licenciatura em Música da UFPI.

De acordo com a Prof.ª MSc. Paula Molinari, "este é um passo importante para a história do Departamento de Música e Artes Visuais da UFPI". Ela afirma que "as apresentações marcaram uma produção que dialoga com muitas linguagens artísticas, materializando a troca necessária entre as subáreas da arte."

Durante a apresentação, Chiquinha Gonzaga foi interpretada por Paula Molinari e apresentada no interior da realidade dura de um país que é vendido como o paraíso das alegrias. O espetáculo levou a público a dor e alegria que fazem parte do equilíbrio do ser brasileiro, presente na obra de Chiquinha Gonzaga. Por sua vez, Roxana Ávila interpretou ela mesma - como atriz - e, em seguida, Yolanda Oreamuno, esta que operou mudanças sociais na Costa Rica.

Prof.ª MSc. Paula Molinari explica que o encontro ficcional entre as duas personalidades acontece pois estas partilham afinidades. Segundo ela: "Para o Brasil, Chiquinha Gonzaga também operou mudanças sociais. Ela foi a primeira maestrina brasileira, responsável pela criação da sociedade brasileira dos direitos de autor e participou do movimento abolicionista e do movimento republicano, talvez como a única mulher que participou deles com registro na história".

A Universidade Federal do Piauí foi a única Instituição de Ensino Superior (IES) brasileira a participar do projeto cultural. Junto a ela, participaram a Universidade da Costa Rica e a Universidade Nacional (Costa Rica). Profissionais de cursos de graduação em Letras, Comunicação, Teatro e Música e a cenógrafa e iluminadora mexicana Patricia Gutiérrez integraram a equipe que organizou o evento. O trabalho foi uma produção conjunta de profissionais do Brasil, Costa Rica, México, Brasil, Espanha e Argentina.

A professora que interpretou Chiquinha Gonzaga acrescenta que "a idéia é, em 2014, trazer a produção ao Brasil - começando pela cidade de Teresina - a fim de consolidar uma troca de conhecimentos que deve gerar não só contemplação estética, mas a reflexão sobre o processo criativo de obras de nível profissional e que têm espaço no cenário internacional".

Com detalhes, os organizadores do espetáculo: Carlos Castro, compositor ganhador de um Grammy; Paula Molinari, brasileira, cantora, instrumentista, compositora, perforare docente reconhecida da técnica vocal Wolfsohn/Hart/Molinari; Jurgen Ureña, videomaker e Chisco Arce, artista plástico e de vídeo; Patricia Gutiérrez, cenógrafa e iluminadora mexicana premiada na Inglaterra em 2012; Roxana Ávila e David Korish, co-diretores do Teatro Abya Yala desde 1991; Mariela Richmond, designer gráfica; Micaela Piedra, figurinista; Anabelle Contreras, consultora da parte de pesquisa. Todos co-criadores do roteiro.

Fotos: Divulgação

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