Oficina fez parte da programação do Programa de Formação de Agentes Multiplicadores
A Universidade Federal do Piauí (UFPI) sediou, na manhã da quarta-feira (2), o segundo dia do Programa de Formação de Agentes Multiplicadores, com a oficina “A cultura popular piauiense como dispositivo de criação artística em gravura sustentável”. A atividade foi realizada no Centro de Ciências da Educação (CCE) e promovida pelo Instituto Arte na Escola, em parceria com o Polo Arte na Escola – UFPI.
Estudantes durante atividade prática da oficina
A iniciativa integra uma série de ações formativas voltadas a professores de arte, agentes culturais, estudantes e artistas. O objetivo é fortalecer o ensino de arte no Brasil, por meio de práticas acessíveis, sustentáveis e conectadas ao território e à cultura local.
Professora Yolanda Carvalho
Ministrada pela professora Yolanda Carvalho, do Departamento de Artes Visuais da UFPI, a oficina apresentou técnicas de gravura utilizando materiais recicláveis, com destaque para as embalagens de Tetra Pak — comumente utilizadas para armazenar leite e sucos. Segundo a docente, o alumínio presente no interior dessas embalagens oferece uma alternativa viável e de baixo custo para a gravação artística. “Como materiais tradicionais, como o cobre, são caros e inacessíveis para muitos, o Tetra Pak surge como uma solução sustentável. É um material que normalmente seria descartado, mas que se transforma em suporte artístico com excelente resultado”, destacou.
Além do aspecto técnico, a oficina também destacou a dimensão histórica e cultural da gravura como linguagem artística. “A gravura nasceu como forma de contar histórias. E o que estamos propondo aqui é contar as histórias do nosso Piauí, revelar as belezas e memórias do nosso povo através dessa linguagem acessível. Nosso objetivo é formar público para a gravura, difundir essa arte e levar esse conhecimento para além dos muros da universidade”, completou a professora Yolanda Carvalho.
Estudante Andrea Nunes ao lado da professora Yolanda Carvalho
Para Andrea Nunes, estudante de Artes Visuais e participante da oficina, a proposta se mostrou relevante tanto no aspecto formativo quanto na aplicabilidade em sala de aula. “O que mais me motivou foi aprender novas técnicas de gravura que possam ser aplicadas com os alunos, especialmente por utilizarem materiais recicláveis e de fácil acesso. Já participei de outras formações, mas em cada lugar se aprende algo diferente. Cada ateliê tem uma lógica e isso enriquece a nossa prática”, destacou.
O Programa de Formação de Agentes Multiplicadores aconteceu nos dias 1º e 2 de julho. O evento foi uma realização do Ministério da Cultura, por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), em parceria com o Instituto Arte na Escola, por meio da Rede Arte na Escola. Conta com patrocínio da Volkswagen Caminhões e Ônibus e da BIC, copatrocínio da Pragma e Bradesco.