Professores e estudantes de História da UFPI promovem visita ao 3º BEC para tratar da criação do Museu do Exército

Corpo acadêmico do curso de História de Picos em visita ao 3º BEC

Professores e estudantes do curso de História do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (CSHNB), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), realizaram, no dia 30 de junho, uma visita ao 3º Batalhão de Engenharia de Construção (3º BEC), sediado em Picos (PI). O objetivo foi discutir a criação do Museu do Exército, iniciativa contemplada pelo Edital FINEP, que visa preservar e divulgar a história do Piauí em suas múltiplas dimensões, com destaque para a atuação do Exército Brasileiro no desenvolvimento do estado.

Durante o encontro, foram abordados aspectos técnicos e logísticos da implantação do museu, incluindo a seleção de acervos, definição da estrutura física e articulações com instituições de ensino do Piauí e do Ceará.

Segundo o coordenador do projeto, professor Mairton Celestino, do curso de História da UFPI, a história da cidade de Picos está intimamente ligada à presença do 3º BEC. “O batalhão desempenhou papel fundamental na construção de estradas, barragens e no planejamento de ações assistenciais em períodos de seca. Sua trajetória está profundamente enraizada no desenvolvimento da região”, afirmou.

O subtenente Hilton Barbosa destacou o entusiasmo da corporação com a iniciativa. “O Exército demonstrou grande interesse no projeto, reconhecendo nele uma oportunidade de fortalecer os laços com a comunidade e promover a educação patrimonial. O 3º BEC possui um histórico relevante na região, o que justifica plenamente sua escolha como sede do futuro museu. A proposta também busca atrair pesquisadores e turistas, contribuindo para o fortalecimento da cena cultural de Picos”, pontuou.

O projeto, financiado pelo edital da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), contempla ações voltadas à conservação de acervos e à valorização da memória histórica. A iniciativa conta ainda com a participação do professor Naudiney de Castro Gonçalves, do Programa de Pós-Graduação em História e Culturas (PPGHCE/UECE), além de estudantes de graduação e pós-graduação. “A presença do Núcleo de Pesquisa e Documentação em História (NUPEDOCH) garante o rigor acadêmico necessário, enquanto o Exército oferece suporte institucional e acesso a documentos e peças de valor histórico”, reforçou Mairton.

Por fim, o professor destacou que a expectativa é de que, após a finalização dos estudos e planejamentos, o projeto receba a autorização das instâncias superiores do Exército Brasileiro para sua execução nas dependências do 3º BEC. “A ideia é que o Museu do Exército seja inaugurado ainda em 2025, consolidando-se como um importante espaço de preservação e valorização da história militar no Nordeste”, concluiu.