UFPI lidera aprovação de projetos no PPSUS 2025 e conquista maior parte do financiamento estadual em saúde

 

Pórtico do Campus Ministro Petrônio Portella da UFPI. Foto: Arquivo SCS/UFPI

Reiterando o compromisso com a pesquisa em saúde, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) conquistou o maior número de projetos aprovados no Edital Nº 002/2025 do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS): Gestão Compartilhada em Saúde. A iniciativa é promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí “Professor Afonso Sena Gonçalves” (FAPEPI), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), o Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS), o Ministério da Saúde e o CNPq.

A Universidade aprovou 13 dos 21 projetos de pesquisa aprovados na Prioridade 1 (P1) e 21 dos 37 aprovados sem recursos na Prioridade 2 (P2). A Instituição também conquistou a maior parte do financiamento destinado às propostas. Ao todo, serão destinados R$1.742.083,13 dos R$ 2.8 milhões de investimento previstos no edital, o que  corresponde a mais de 60% do total disponibilizado. Com o resultado, a UFPI se consolida como a principal beneficiária dos recursos e destaque no cenário científico regional.

Para a professora Maria do Socorro Cruz, pró-reitora de Pesquisa e Inovação em exercício da Universidade, a conquista é de suma importância e reafirma o compromisso da instituição com as demandas da saúde pública no estado. “A aprovação de projetos da UFPI no Edital PPSUS 2025 reveste-se de grande relevância estratégica por diversas razões. As propostas abordam temas prioritários e urgentes para o estado do Piauí, plenamente alinhadas às demandas do SUS. Esses projetos fortalecem a conexão entre ciência e necessidades reais da população, impactam positivamente as políticas públicas e estimulam a formação de pesquisadores, além de abrir portas para novas parcerias e redes de pesquisa nacionais e internacionais.”, declarou.

O PPSUS tem como objetivo fortalecer a pesquisa aplicada em saúde no estado, promovendo a integração entre o Sistema Único de Saúde (SUS), os sistemas de ciência e tecnologia e a comunidade acadêmica. A iniciativa incentiva o desenvolvimento de soluções inovadoras voltadas às necessidades regionais, especialmente em áreas como vigilância em saúde, Atenção Primária à Saúde (APS), cuidado nos ciclos de vida e planejamento das Redes de Atenção à Saúde (RAS). No total, são 58 projetos aprovados no processo seletivo a nível estadual.

Aprovado no edital, o professor Thiago Pajeú Nascimento, docente do curso de Ciências Biológicas no Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE) em Bom Jesus, foi contemplado no edital com o segundo maior recurso. A proposta receberá R$178.240,00 e tem como objetivo encontrar fungos no sul do Piauí que sejam capazes de produzir enzimas que degradam coágulos sanguíneos. Ele expressou felicidade com o resultado e as possibilidades que vem por meio da conquista. “O objetivo final é desenvolver, a partir dessas enzimas, uma alternativa de fármaco que possa ser usada no SUS no tratamento de infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC), especialmente voltado para atender a população da própria região sul do estado”, elucidou.

Com foco na saúde pública e controle de zoonoses, o projeto “Vigilância integrada da resistência a antimicrobianos em casos humanos e felinos de esporotricose em Teresina, Piauí: uma abordagem laboratorial, clínica e molecular” da professora Raízza Escórcio foi um dos aprovados no edital. A docente do Departamento de Morfofisiologia Veterinária (DMV/CCA) e do Programa de Pós-Graduação Aplicada a Animais de Interesse Regional (PPGTAIR) teve sua proposta contemplada com R$128.777,13 para o desenvolvimento da pesquisa. 

A iniciativa investiga a resistência antimicrobiana associada à esporotricose, uma micose subcutânea que atinge humanos e animais, considerada epidemia urbana em vários estados. Segundo ela, a captação de recursos para o projeto representa uma oportunidade de contribuir de forma significativa para o avanço do conhecimento científico, a saúde pública e a educação, beneficiando tanto a sociedade como a Universidade.  “O estudo permitirá o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de prevenção, o aprimoramento de políticas públicas de saúde, beneficiando diretamente a população local”, informou. 

Os docentes da UFPI que tiveram suas propostas contempladas com recursos são João Marcelo de Castro e Sousa, Ester Miranda Pereira, Paulo Michel Pinheiro Ferreira, Fabio Solon Tajra, Lilian Silva Catenacci, Lúcia de Fátima Almeida de Deus Moura, Raízza Eveline Escórcio Pinheiro, Fátima Regina Nunes de Sousa, Dalton Dittz Júnior, Angelo Brito Rodrigues, Thiago Pajeú Nascimento, Francisco Airton Pereira da Silva e José Wicto Pereira Borges.

Confira o resultado completo.