Desafio StartUFPI 2025: equipe cria aplicativo para ajudar a identificar o inseto vetor da Doença de Chagas

Equipe Vector Trackers conquistou o 2º lugar no Desafio StartUFPI 2025

O projeto Vector Trackers, idealizado pelo professor do Departamento de Parasitologia e Microbiologia, Vagner Mendonça, apresenta uma solução que une tecnologia e saúde pública para auxiliar no combate à Doença de Chagas. A iniciativa surgiu como forma de apoiar o controle da doença, transmitida pelo barbeiro. O aplicativo criado promete melhorar o trabalho dos agentes de endemias dos municípios, facilitando a localização e a identificação do inseto vetor. O projeto se destacou no Desafio StartUFPI 2025 e garantiu o segundo lugar na competição.

O professor e orientador do projeto, Vagner Mendonça, explica que a ideia surgiu da necessidade de fortalecer a vigilância da Doença de Chagas no Estado. “O aplicativo surge de uma problemática que é a Doença de Chagas aqui no nosso estado, onde nós temos uma grande área, principalmente no semiárido do Piauí, um grande número de municípios infestados pelos barbeiros. Uma das principais justificativas do projeto é a questão da vigilância entomológica e da vigilância epidemiológica da Doença de Chagas”, conta.

Vagner Mendonça também destaca que a dificuldade da população em identificar o inseto transmissor foi um ponto central para a criação do aplicativo. Ele explica que não é comum que as pessoas reconheçam os vetores da doença e que, por isso, o aplicativo possibilita que moradores das áreas rurais tirem fotos de insetos suspeitos. Essas imagens são armazenadas em um banco de dados que notifica os agentes de endemias dos municípios, responsáveis por avaliar se o inseto fotografado é ou não vetor da Doença de Chagas.

Para o estudante de Medicina Francisco Rafael Gomes, que participou da elaboração do projeto, a iniciativa é importante para enfrentar um problema recorrente e muitas vezes negligenciado. “A importância do nosso aplicativo é principalmente para a gente resolver o problema de uma doença negligenciada. Essas doenças negligenciadas se inclui a Doença de Chagas transmitida por esse vetor que principalmente atinge a população vulnerável, e o nosso aplicativo vai agir nessa população facilitando a notificação e evitando que essa população continue exposta a essa doença”, relata.

Além de Francisco Rafael Gomes, o grupo vencedor é formado por mais três integrantes: Sophia Alves Mineiro, Kênnio Alves Aguiar e Guilherme Oliveira Gomes. Com a conquista, o projeto recebeu uma bolsa com duração de 12 meses, no valor de R$ 1.100 para o coordenador e R$ 700 para cada aluno, além de de R$ 10.000 destinado ao desenvolvimento da iniciativa.

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O Desafio StartUFPI 2025 premiou três equipes com propostas criativas e inovadoras, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Juntos, os projetos apresentam soluções que contribuem para melhorias sociais e ambientais.