
Egressa da UFPI, Victória Alves, conquista prêmio Adelmo Genro Filho 2025
A egressa do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Victória Dailly Alves Mineiro conquistou, no dia 6 de novembro, em Ponta Grossa (PR), o Prêmio Adelmo Genro Filho 2025, na categoria Mestrado. A premiação, realizada anualmente pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), reconhece a excelência de trabalhos acadêmicos dedicados ao estudo do jornalismo no Brasil.
A pesquisa premiada, intitulada “Narrativas modulares e o jornalismo nativo digital dos casos Agência Tatu e O Povo+”, foi desenvolvida em 2024 e investigou a inovação no jornalismo nativo digital. A dissertação analisou as narrativas modulares, estruturas que possibilitam a criação de conteúdos combinatórios e interativos, características essenciais do jornalismo digital contemporâneo. O estudo examinou reportagens e conteúdos de mídias sociais dos dois veículos, utilizando como metodologia o Estudo de Caso, associado à Análise de Conteúdo e à Análise de Imagem.
Os resultados apontam que os produtos nativos digitais avaliados adotam narrativas inovadoras, reforçando a ascensão de veículos especializados e regionais no ambiente online. A pesquisa também evidencia o papel dessas iniciativas na valorização do jornalismo regional e no enfrentamento à desinformação.
Victória, mestra em Comunicação e Cultura Contemporâneas pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia (Póscom/UFBA), destaca a importância da formação recebida na UFPI para sua trajetória. “Agradeço à UFPI por ser parte dessa história, por ser um berço de conhecimento através de suas disciplinas, e por ser um ambiente de trocas significativas entre colegas, professores, técnicos, zeladores, cada pessoa que compõe a comunidade acadêmica”, afirmou a jornalista.
Ela também ressaltou o impacto das políticas de inclusão e da orientação acadêmica em sua formação. “Cresci muito profissionalmente na UFPI, desde as disciplinas até o apoio de professores como a minha orientadora, Juliana Teixeira, que sempre me incentivou num caminho ainda difícil para nós, mulheres. Entrei na universidade pela cota de escola pública e baixa renda, e fui bolsista de assistência estudantil e de iniciação científica, o que teve grande impacto na minha trajetória. A UFPI me abriu portas para a pesquisa em jornalismo e me fez enxergar a força do jornalismo nordestino. Espero que esse prêmio sirva de farol para outras meninas que enfrentam desafios parecidos, mostrando que é possível sonhar alto e seguir em frente”, completou.