Solenidade de lançamento ocorreu no Salão Nobre da Reitoria
A Universidade Federal do Piauí (UFPI) lançou nesta quarta-feira (27/8) a campanha educativa de conscientização “UFPI para todas as pessoas”, com o intuito de estimular um ambiente universitário mais inclusivo e acolhedor, contribuindo para a mitigação de práticas violentas e discriminatórias.
Conduzida pela Coordenadoria de Inclusão, Diversidade, Equidade e Acessibilidade (Coideia), vinculada à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (PRAEC), a campanha teve lançamento no Salão Nobre da Reitoria com presença do vice-reitor, Edmilson Miranda, demais integrantes da Administração Superior, gestores, professores, técnicos e estudantes.
Vice-Reitor da UFPI, Edmilson Miranda
O vice-reitor, Edmilson Miranda, destacou em sua fala que "a Universidade vive um momento emocionante, bonito e histórico”, em que toda a comunidade acadêmica é chamada a contribuir na construção de políticas e discussões que beneficiem o coletivo e busquem o respeito ao direito de ser e viver de todas as pessoas. “Essa é a Universidade que queremos, com o diálogo vivo desses debates, e que isso possa reverberar na sociedade que vivemos”, completou.
Coordenador da Coideia/PRAEC, professor Fábio Passos
No lançamento da campanha, o coordenador da Coideia, professor Fábio Passos, destacou que o apoio e o engajamento da comunidade universitária serão fundamentais para o sucesso da campanha, com o compromisso de todos na mitigação da discriminação e o exercício do respeito e da tolerância. “Essa ação educativa carrega em seu âmago a capacidade de enfraquecer e desencorajar, em seu nascedouro, práticas violentas e discriminatórias. É uma proposta de ação educativa, com a ideia de construir uma outra cultura dentro da Universidade”, disse.
Solenidade contou com participação de representação estudantil
Promovendo o letramento antidiscriminatório, a campanha “UFPI para todas as pessoas” reforça o compromisso da Universidade em consolidar-se como um espaço verdadeiramente diverso, acessível e inclusivo para todos os membros da comunidade acadêmica, enfatizou o Pró-Reitor da PRAEC, Emídio Matos.
Pró-Reitor da PRAEC, Emídio Matos
“Vivenciamos aqui na UFPI uma mudança, a partir da chegada da primeira mulher reitora, que precisamos dar continuidade e implementar mais ações, desde alterações estruturais como a criação da própria Coideia à campanha que lançamos hoje. Dizer também que a campanha não está provocando dualidades, entre pretos e brancos, homens e mulheres, pessoas típicas e atípicas, e sim, a garantia do direito humano, enfatizou o pró-reitor.
Produzida pela Coordenadoria de Comunicação da UFPI, a Campanha terá com destaques publicações periódicas nas redes sociais da Universidade, por meio de cards estáticos e vídeos, com informações educativas e pequenos relatos de pessoas da comunidade acadêmica que vivenciam (ou vivenciaram) impactos relacionados a racismo, lgbtfobia, sexismo; gordofobia, capacitismo, intolerância religiosa, entre outros. A campanha terá também publicações específicas, como durante os Jogos Universitários, que ocorrem ao longo do próximo mês de setembro.
Graciele Barroso, Coordenadora de Comunicação da UFPI
A coordenadora de Comunicação, Graciele Barroso, explicou que a produção da campanha envolveu a representação de toda a comunidade acadêmica, incluindo servidores técnico-administrativos, docentes, gestores e discentes. "A proposta é a gente ter de fato pessoas falando sobre os temas de forma específica para que possamos entender como é a percepção individual sobre cada questão", explicou.
Todas as pessoas que participaram das publicações iniciais da campanha foram convidadas para o lançamento da iniciativa. A estudante de moda, Rayssa Abreu, praticante de religião de matriz africana, estampa publicação que convida a dizer não à intolerância religiosa. Ela contou que, na Universidade, costumava camuflar o uso de vestes que caracterizam os praticantes de sua religião. Ela disse que participar da campanha foi libertador.
Rayssa Abreu, estudante de Moda, participante da Campanha
“Eu não usava turbante, nem roupas de trabalho. Parecia que eu estava cometendo um crime, por isso, a frase que disse na campanha: cultuar seus ancestrais não devia ser um ato de coragem e sim um direito garantido. Quando me chamaram para a campanha, pensei, quer saber, é a hora, como sair do armario, sabe”, declarou.
Servidora Técnico-Administrativa da UFPI, Elizabete Menezes
Com mais de 40 anos de UFPI, a servidora da PRAEC, Elizabete Menezes, disse que não chegou a sofrer preconceito por conta da idade na Instituição, mas aceitou participar da campanha para dar voz à construção de um lugar mais acolhedor também para pessoas maduras. “É importante essa discussão para que a gente possa construir uma Universidade e sociedade justa e inclusiva para todas as idades”, declarou.
A solenidade de lançamento contou com as presenças dos Pró-Reitores de Pesquisa e Inovação, Rodrigo Veras; de Planejamento, Marcos Lira; das Pró-Reitoras, de Administração, Larissa Mendes; e de Extensão e Cultura, Waleska Albuquerque; bem como da superintendente de Tecnologia da Informação, Clédjan Torres; do Prefeito Universitário, Marco Antonio Mastrangelo; da Coordenadora da Cacom/PRAEC, e que atuou junto ao Núcleo de Acessibilidade da UFPI, Rafaela Santiago; da diretora do Centro de Tecnologia, Nicia Formiga; além de representações do DCE e de demais movimentos estudantis.
As publicações da Campanha UFPI para Todas as Pessoas serão postadas nas mídias sociais da Universidade nos próximos dias e trarão também informações de como realizar denúncias.